Enzimas: quando a importância é infinitamente maior que o tamanho


Com certeza você já ouviu falar em “enzimas”, mas afinal o que elas são?
E por que elas são tão importantes? Bem, comecemos voltando alguns milhões de anos, quando o mundo ainda era tomado por vulcões e a vida começava a surgir. Se essas coisas chamadas enzimas não existissem, ainda estaríamos nesse período!

Enzimas são proteínas que catalisam reações químicas, ou seja, simplesmente aceleram a velocidade dessas reações. Como qualquer forma de vida é baseada nessas reações químicas, a presença de enzimas é fundamental. Elas estão presentes na bioquímica de microrganismos à de macrorganismos, da menor forma de vida conhecida à maior! E fazem seu papel com maestria!

Durante milhares de anos, o ser-humano vinha tirando proveito dessas microscópicas trabalhadoras sem lhes dar o crédito devido! No antigo Egito, por exemplo, acreditava-se que os deuses eram responsáveis pela produção de uma bebida que desencadeava efeitos alucinantes, que mais tarde recebeu o nome de cerveja. A cerveja só é produzida na presença de açúcares para nutrição dos microrganismos, e as responsáveis pela liberação desses açúcares no malte de cevada são enzimas denominadas amilases.

Fonte: Catraca Livre

Após a elucidação do papel das enzimas, o que rendeu inclusive alguns prêmios Nobel, a vida moderna sofreu uma revolução! Fermentações deixavam de ser incógnitas e passaram a ser mais uma ferramenta industrial. Produtos antes impensáveis começaram a ser produzidos em larga-escala. Medicamentos foram criados. E o dia-a-dia ganhou um pouco mais de praticidade.

Um dos nichos de mercado surgidos após essa elucidação foi a utilização de lipases em produtos de limpeza. Hoje em dia, quem lava roupas não precisa desgastar-se em uma série de etapas para deixar as peças limpas e brancas. As lipases contidas nos sabões em pó, como os da marca Vanish, fazem esse trabalho quebrando as moléculas de gordura e retirando manchas durante a lavagem.  

Fonte: Vanish

No setor da saúde, terapias enzimáticas são utilizadas no tratamento de doenças gravíssimas, e, muitas vezes, de fundo genético, como, por exemplo a doença de Fabry, a doença de Gaucher e a Mucopolissacaridose. Nesses casos, enzimas importantes para o bom funcionamento do organismo não são produzidas em concentrações necessárias. O tratamento enzimático melhora a qualidade e pode aumentar a expectativa de vida do paciente.

Fonte: CIM – RS

Na indústria de alimentos, essas moléculas são aplicadas em diversos produtos: a papaína, proveniente do mamão, em compostos amaciantes de carne; a quimosina e a pepsina, extraídas do estômago de bovinos, na coagulação do leite para fabricação de queijos; a celulase, resultante do cultivo de fungos como o Aspergillus niger, na fabricação de sucos. Porém, uma das aplicações mais conhecidas é em produtos “lac-free”, ou livres de lactose. Produtos assim, diferentemente do que se pensa, contêm lactose em sua composição, mas também contêm a enzima responsável pela transformação dessa lactose em moléculas de glicose e galactose.

Fonte: Verde Campo

É verdade que várias áreas desenvolveram-se com o aumento do conhecimento das enzimas, mas ainda há muito o que se aprender. E se hoje temos produtos e processos inimagináveis há alguns anos atrás, você consegue imaginar o que está por vir? Aguarde, pois a capacidade dessas pequenas enzimas trabalhadoras ainda vai longe!

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