Pesquisador produz cerveja sem lúpulo com levedura transgênica

Pensando em fazer com que a produção de cerveja seja mais eficiente no uso dos recursos hídricos, o pesquisador da Universidade da Califórnia – Davis Charles Denby está propondo a substituição do lúpulo por leveduras geneticamente modificadas (GM). “Estou interessado em usar a biotecnologia para causar um impacto positivo no setor, evitando o consumo de trilhões de litros de água nas lavouras de lúpulo todos os anos”, diz Denby.

Denby afirma que se tornou um apreciador de cerveja após ganhar um equipamento para a fabricação caseira da bebida. Como cientista Ph.D em biologia molecular, logo se interessou pela ciência por trás do processo. “Descobri exatamente quais eram as moléculas do lúpulo responsáveis pelo sabor amargo da cerveja e me veio a ideia de modificar o procedimento para conseguir novos sabores e tornar a produção mais sustentável”, revela o pesquisador. A levedura em uso atualmente por Denby possui genes de hortelã e de manjericão.

Em testes realizados no laboratório sensorial da universidade, 50% das amostras de cerveja feitas com a levedura transgênica (e sem lúpulo) apresentaram o sabor amargo típico da bebida feita de maneira tradicional. A pesquisa de Denby tem financiamento da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, inicialmente, até junho de 2018.

Para a diretora executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, a pesquisa de Denby é mais um exemplo de como a biotecnologia pode ser uma aliada da sustentabilidade. “Além do uso como alternativa a processos que consomem muitos recursos, microrganismos geneticamente modificados têm potencial para biorremediação de águas e solos poluídos”, diz a cientista.

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