Vírus da Zika possuí potencial terapêutico para tratamento de cancer, diz pesquisa

Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) com o vírus da Zika demonstram sua eficácia contra tipo de tumor cerebral comum em crianças com menos de 5 anos.

Em 2015, o vírus da Zika ficou conhecido no Brasil por provocar microcefalia em cérebros de bebês. Mas foi justamente a afinidade do vírus pelas células-tronco do cérebro que serviu de inspiração para a nova pesquisa. Os cientistas decidiram estudar se o vírus da Zika possuía afinidade por células tumorais do sistema nervoso central (SNC), pois essas células são muito similares com a célula-tronco neural.

Depois de realizar diversos experimentos, os cientistas concluíram que o vírus da Zika é capaz de infectar e matar as células dos tumores embrionários do SNC de forma eficiente e seletiva, sem afetar os neurônios maduros normais. Os resultados ainda são preliminares e novos estudos devem ser realizados antes que o vírus da Zika possa ser utilizado em tratamentos com seres humanos.

Em 2017, um grupo de pesquisa americano já havia publicado um estudo sobre como o vírus da Zika destrói células de gliobastoma, um outro tipo de tumor cerebral.

O estudo brasileiro foi realizado por cientistas do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP, sob coordenação da geneticista Mayana Zatz. Essa pesquisa teve seus resultados publicados nesta quinta-feira, 26, na revista científica Cancer Research, da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer.

Leia a notícia na íntegra.

 

 

 

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