Você já conhece o iGEM, a competição global de Biologia Sintética? Esta competição reúne equipes de mais de trezentas universidades do mundo todo propondo soluções para os grandes desafios da humanidade: doenças, fome, escassez de recursos e danos ambientais.Jovens pesquisadores de dezenas de países compartilhando ideias livremente, colaborando e, ao engenheirar DNA, criando um mundo mais verde, saudável e próspero.
O Brasil participa deste grande evento desde 2009 e vem apresentando projetos de destaque nos últimos anos. Para comemorar os dez anos de participação verde e amarela na competição nós convidamos as equipes de norte a sul (literalmente!) que estão se preparando para participar da próxima edição do iGEM para compartilhar a sua história nessa coletânea de artigos.
Conheça conosco alguns jovens sonhadores que estão aplicando as poderosas ferramentas da Biotecnologia e representando a nossa ciência lá fora!
FICHA TÉCNICA: iGEM UFSCar 2019
Links importantes:
Facebook: https://www.facebook.com/ClubeBioSinteticaUFSCar
http://catarse.me/iGEMUFSCar
Instagram: @SynBioUFSCar
Quem são os participantes?
- Bruno Batista (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Giovanna Christe (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Ideli Baptista (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Isabelle Taira (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Katiane Tostes (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Lida Manrique (Biologia UFSCar São Carlos)
- Lucas Boldrini (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Lucas Oliveira (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Marlon Zampieri (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
- Samuel Pratavieira (Biotecnologia UFSCar São Carlos)
Qual o projeto?
Embarcando na área da exploração e colonização espacial, setor econômico e científico muito estudado atualmente, o projeto da Equipe iGEM UFSCar 2019 consiste da modificação da levedura fermentadora Saccharomyces cerevisiae para que o microrganismo torne-se capaz de sobreviver em um ambiente com alta incidência de radiação ultravioleta utilizando para isso as propriedades da melanina como fator de proteção.
Qual o impacto social e econômico do projeto?
Embora o foco e o tema do projeto sejam nosso vizinho celeste, o planeta Marte, o projeto traz impactos para os processos industriais aqui da Terra, em especial, nos setores das indústrias sucroalcooleiras. A esterilização dos fermentadores é um processo custoso que traz prejuízos e perdas no processo fermentativo, parando a produção e matando o microrganismo fermentador para eliminação de contaminantes. O uso de uma levedura capaz de suportar a radiação ultravioleta, abriria espaço para a esterilização por uso de UV nos fermentadores, impedindo a morte do microrganismo fermentador e tornando o processo contínuo, sem necessidade de parada da fermentação.
Como surgiu a equipe?
Nossa equipe surgiu inspirada pelos times anteriores da UFSCar São Carlos que já foram medalhistas em outras edições do iGEM. Decidimos nos organizar ao longo de um ano para criar um projeto de extensão em nossa universidade, o Clube de Biologia Sintética, e divulgar a Biologia Sintética para alunos do curso, de fora dele, e também de fora da universidade, como ferramenta transformadora e inovadora na resolução de muitos problemas. Conforma as reuniões foram se desenrolando, íamos desenvolvendo ideias paralelas para nosso projeto do iGEM e, a partir daí, organizamos todo o projeto e divulgação do mesmo!
Por que é importante participar do iGEM?
Sabemos o quanto a ciência é importante para o desenvolvimento de novas soluções para os problemas que o ser humano enfrenta e acreditamos que as universidades brasileiras e seus alunos tenham plena capacidade de divulgar a nossa capacidade internacionalmente. O iGEM, sendo a maior competição de Biologia Sintética do mundo, recebendo mais de 200 times, representa uma oportunidade incrível para divulgar a ciência do país, compartilhar conhecimentos e informações.
Quais os maiores desafios para vocês?
Encontrar o apoio financeiro necessário para realizar nosso trabalho. Estamos avançando graças à campanha de financiamento coletivo realizada pelo time e o apoio de um patrocinador, porém buscar e conseguir este apoio representa um grande obstáculo para nós. Além disso, a ciência muitas vezes é vista por parte da população como gasto e não como necessidade, dificultando o apoio também do público que não esteja diretamente relacionado com o projeto, ou seja, aqueles que trabalham com a produção sucroalcooleira.
Quer ajudar a equipe da UFSCar? Contribua com a vaquinha online:
http://catarse.me/iGEMUFSCar
O que vocês esperam participando do iGEM?
Esperamos uma grande oportunidade de mostrar que o Brasil e suas universidades são muito capazes de realizar ciência inovadora capaz de impactar positivamente o mundo. Além disso, torcemos para conseguirmos realizar muita troca de conhecimentos com os times de outras universidades do mundo e trazer um pouco disso tudo de volta para a UFSCar.
Quer conhecer as demais equipes do iGEM2019? Acesse: iGEM UFMG, Bioprimers Team UTFPR.
Texto elaborado pela Equipe iGEM UFSCar 2019 e revisado por Guilherme Kundlatsch,Coordenador dos Embaixadores After-iGEM no Brasil.