Nesse período de pandemia do novo coronavírus (covid-19) é muito importante cada um fazer a sua parte para a doença atingir o mínimo possível da população e para que todos aqueles que precisarem recebam atendimento médico apropriado e possam se recuperar.
Diante disso, pessoas estão em quarentena dentro de casa (quando possível), médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde estão atendendo a todos os pacientes do coronavírus e de outras enfermidades, nós do Profissão Biotec estamos separando conteúdos confiáveis sobre o coronavírus… E os cientistas?
Os cientistas brasileiros estão desde antes do diagnóstico do primeiro paciente no país atentos às notícias e se preparando para a chegada da doença. Graças ao know-how adquirido com anos de pesquisas com outras infecções virais (como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela), os cientistas se mobilizaram rapidamente para realizar pesquisas para entender a doença, buscar tratamentos e vacinas, e realizar o diagnóstico em larga escala no país.
Nesse texto, separamos essas e outras ações dos pesquisadores brasileiros. E procuraremos manter este texto atualizado conforme novos avanços científicos sejam anunciados.
15 – Universidades iniciam a montagem de hospitais de campanha para atender pacientes do novo coronavírus
Atualizado 27/03/2020 – Além de hospitais e estádios de futebol, universidades estão se mobilizando para a montagem de hospitais de campanha para realizar a triagem e o atendimento de pacientes com COVID-19, e também para internação de pacientes em diferentes graus de complexidade dependendo do hospital.
- Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) – Em 23/03/2020 foi anunciado que um dos edifícios da Ulbra- RS será transformado em um hospital de campanha. Cerca de 300 novos leitos serão instalados dentro de salas de aula do prédio 1.
- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Em 26/03/2020 foi anunciado que a Unicamp – SP terá tendas na entrada do Hospital de Clínicas (HC) para o primeiro atendimento, triagem, consultas e leitos de observação voltados aos pacientes com sintomas do novo coronavírus, e que o ginásio da universidade está sendo preparado para receber ao menos 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs).
- Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Em 27/03/2020 foi anunciado que centro de convenções localizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – SP pode se transformar em um hospital de campanha no combate a pandemia do coronavírus.
14 – Pesquisadores sequenciam 19 genomas do coronavírus e confirmam com dados genéticos a transmissão local do vírus no Brasil
Atualizado 27/03/2020 – Notícia publicada em 25/03/2020
Pesquisadores do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e e Universidade Federal do Rio de Janeneiro (UFRJ) sequenciaram 19 genomas de pacientes do novo coronavírus, utilizando amostras de pacientes dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo, ampliando a cobertura da vigilância genômica viral no Brasil. O sequenciamento dessas amostras também foi realizado no tempo recorde de 48h em parceria com os primeiros pesquisadores que sequenciaram o vírus no Brasil (notícia 3), e as sequências de RNA viral foram armazenadas no supercomputador Santos Dumont do LNCC, para futuras análises.
Saiba mais na notícia do G1.
13 – Universidades e institutos passam a produzir álcool 70% e protetores faciais (face shields)
Atualizado em 27/03/2020 – A chegada do coronavírus no Brasil e as medidas de distanciamento social levaram à suspensão das atividades letivas e de algumas pesquisas nas universidades, e com isso insumos de pesquisas e aulas práticas, bem como equipamentos ficaram parados até a retomada das atividades. Algumas iniciativas surgiram para alocar esses recursos para a produção de materiais para o combate da pandemia para a comunidade. Atualmente, outras iniciativas de produção surgiram, em maior ou menor escala, e diversas universidades e institutos estão produzindo protetores faciais para profissionais de saúde e álcool 70% , seja para a própria comunidade universitária e hospitaisuniversitários, ou para distribuição gratuita para hospitais e postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
- Álcool 70% – Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) , Universidade Estadual de Maringa (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) , Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade da Amazônia (UNAMA), Universidade UNG , Universidade Estadual do Centro-Oeste (Novatec) , Universidade de Gurupi (Unirg), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade de São Paulo (USP) , Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Universidade Estadual do Amapá (UEAP), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA),
- Protetores faciais (face shield) – A Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) , Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF) , Universidade do Estado da Bahia (UNEB), aUniversidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) , PUC-Rio, Universidade de Brasília (UnB) estão utilizando impressoras 3D para a impressão de protetores faciais destinados aos profissionais da saúde.
12 – Pesquisadores buscam entre medicamentos existentes efeito contra o novo coronavírus
Atualizado 21/03/2020 – Notícia publicada em 20/03/2020.
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), estudam uma combinação de medicamentos que podem neutralizar os efeitos do novo coronavírus. O pesquisador Dr. Rafael Elias informou que a estratégia empregada é o reposicionamento de fármacos, ou seja, estudar se medicamentos que já estão na fármacia são eficientes contra o coronavírus. Isso pouparia tempo de pesquisas, pois esses medicamentos já foram testados quanto a segurança. Primeiro os pesquisadores usaram métodos computacionais para fazer uma pré-triagem de moléculas, e a seguir vão realizar ensaios de laboratório (in vitro) em cultura de células.
Saiba mais na notícia da CNN Brasil.
11 – Laboratórios de universidades e institutos de pesquisa se mobilizam para o diagnóstico do novo coronavírus
Para atender a demanda de testes de diagnósticos do novo coronavírus pelo sistema público de saúde, alguns pesquisadores de universidades e centros de pesquisas estão estudando alocar seus laboratórios e equipamentos, e selecionando pessoas treinadas para aumentar a capacidade de realização de testes de diagnósticos.
Até o momento (21/03/2020 – 16h) o Profissão Biotec tomou conhecimento que a UnB, ICB-USP, USP-FZEA, UFRJ estão criando iniciativas nesse sentido. (Se souberem de outras iniciativas entre em contato conosco pelo e-mail profissaobiotec@gmail.com)
- Universidade de Brasília (UnB) – Em 20/03/2020 foi anunciado que a UnB fechou acordo com o governo do Distrito Federal (DF) para realização de testes de diagnóstico do novo coronavírus. Segundo a notícia, a UnB estima ter capacidade de processar até 700 exames por dia — o dobro da capacidade do DF atualmente, considerando as redes hospitalares pública e privada. A UnB busca vincular o atendimento laboratorial com pesquisa, com o objetivo de mapear o contágio pelo vírus a partir de variáveis como idade, sexo e área geográfica. O governo do DF ainda está articulando o acordo jurídico para o fornecimento de kits para os exames, que deverá estar pronto até o início da próxima semana.
- Universidade de São Paulo (USP) – Em 19/03/2020 foi criada uma rede colaborativa entre 17 unidades da universidade para realização de testes de diagnóstico do novo coronavírus. A colaboração da USP inclui, ainda, a disponibilização de leitos hospitalares para a instalação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), equipamentos e recursos humanos para a realização de testes laboratoriais para detecção da doença. Acompanhe as ações internas e externas da USP em coronavirus.usp.br
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – Em 26/03/2020 foi anunciado que a UFRN iniciou a realização de testes para detecção do COVID-19 em pacientes do estado, a partir de amostras do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN/RN). Froam comprados kits para realização de três mil exames com recursos próprios e do Instituto de Medicina Tropical (IMT).
- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Em 24/03/2020, liderada por professores do Instituto de Biologia, a Unicamp deu início à Força Tarefa Unicamp contra a COVID-19, que possui diversas frentes contra o novo coronavírus: Frente Diagnóstico (implantação e realização de testesem laboratórios do Hospital das Clínicas da Unicamp e outros laboratórios de diagnóstico em Campinas), Frente de Pesquisa e Desenvolvimento ( desenvolvimento e implementação de testes que possibilitem diagnóstico em larga escala ), Frente de Pesquisa Básica (compreensão da ação do vírus, do desenvolvimento da doença e da ação de medicamentos contra a COVID-19), Frente de Divulgação (divulgação de informações confiáveis sobre a pandemia e sobre os progressos da Força Tarefa), Frente de Ensaios Clínicos (coordenação de ensaios clínicos voltados a COVID-19 na Unicamp), Frente de Modelagem Epidemiológica (construção de modelos para a previsão e análise de dados epidemiológicos).
10 – Universidade do PR transforma pinga e cerveja apreendidos em álcool gel para combate ao coronavírus
Em 20/03/2020 foi publicado que Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), em Guarapuava (região central do estado), está utilizando bebidas alcoólicas como cachaça, vinho, cerveja, vodca e licor apreendidas pela Receita Federal como matéria-prima para fabricação de álcool gel 70%. Professores e estudantes dos cursos de Química, Administração e Farmácia estão envolvidos na produção do álcool gel, que será distribuído nos campi da instituição e em órgãos públicos municipais, estaduais e federais da região para combate ao coronavírus.
Saiba mais sobre o processo na notícia da Tribuna do Paraná.
9 – Universidades públicas e instituições desenvolvem testes para detecção do novo coronavírus
Diversas universidades públicas brasileiras iniciaram o desenvolvimento e a padronização de testes de diagnósticos para o novo coronavírus, com o objetivo de futuramente baratear os custos, descentralizar a realização dos testes e atender a demanda crescente de diagnósticos para a doença. Universidades como UFMG, Unicamp, UFRJ e UFBA estão se preparando para realização dos testes de diagnóstico do SARS-CoV-2.
- UFMG – Em 07/03 foi anunciado que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do projeto Rede Vírus, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), está desenvolvendo testes de diagnóstico sorológicos (baseados em anticorpos) e moleculares (baseados em análise de RNA) para a doença causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba mais sobre a notícia no site do G1.
- Unicamp – Em 17/03/2020 foi anunciado que pesquisadores do Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE) do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, em colaboração com outros docentes do IB, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do LNBio do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), da Unicamp e do CNPEM em Campinas – SP iniciaram o processo de elaboração de um teste para a detecção do vírus Sars-Cov-2. O objetivo dos pesquisadores é realizar um diagnóstico rápido e local, que deverá ser realizado pela Divisão de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) no Hospital das Clínicas da Unicamp, para dar agilidade ao encaminhamento do paciente e baratear os custos dos testes. Saiba mais sobre a notícia no site da Unicamp.
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Em 25/03/2020 foi publicado que a UFRJ está desenvolvendo dois métodos de diagnóstico do COVID-19: um baseado em ensaio Elisa (detecção do coronavírus em algumas horas) e um teste-rápido, semelhante a um teste de gravidez (deteção em poucos minutos). A UFRJ busca desenvolver métodos alternativos ao método padrão de detecção do SARS-CoV-2 que é baseado em PCR, e tem elevado custo e necessidade de insumos importados.
8 – Universidades públicas e instituições realizam várias ações para conter e combater o novo coronavírus
Além de realizar pesquisas sobre a doença do coronavírus, seu diagnóstico e tratamento, universidades e instituições também realizam outra ações como planejamento de contenção da doença, desenvolvimento de políticas públicas junto ao governo, campanhas de conscientização e prevenção. Confira algumas ações:
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – auxiliou na elaboração do Protocolo Clínico para Manejo de Pacientes, um manual com os procedimentos adequados para o atendimento de pessoas infectadas.
- Universidade Federal do Ceará (UFC)- criou um grupo que faz a articulação institucional com autoridades de saúde do estado e dos municípios. Juntos, eles definem ações estratégicas contra o coronavírus.
- Universidade Nacional de Brasília (UNB) – contribui com planos de preparação e de contingência junto à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
- Fiocruz, com as universidades de Milão (Itália) e da Flórida (EUA) – investigou as dinâmicas e vestígios do início e dispersão do novo surto utilizando ferramentas de bioinformática. A análise de 29 sequências genéticas reforçou que a origem foi mesmo em Wuhan, na China, mas indica que o ponto de partida pode ser novembro – e não dezembro, como se imaginava.
- Faculdade de Medicina da USP – foi criada a comissão de crise do Hospital das Clínicas, que desde o começo de fevereiro planeja como enfrentar o novo vírus: criando protocolos de atendimento a pacientes, estudando a disseminação do vírus em ambiente hospitalar e contatando laboratórios estrangeiros para usar remédios já empregados para outros fins que possam ter novo uso.
- Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) – está mapeando os grupos de pesquisa que trabalham contra o Coronavírus. Acompanhe ou atualize essa lista no link.
- Observatório Covid-19 BR – Físicos teóricos estão utilizando modelos matemáticos para simular diferentes cenários e identificar tendências que podem auxiliar os cientistas da área biológica em seus pesquisas. Acesse o link.
7 – Cientistas da USP estão desenvolvendo vacina para o novo coronavírus
Em 16/03/2020 foi veiculada a notícia de que pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) estão desenvolvendo uma vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2. Os pesquisadores estão usando uma estratégia diferente das adotadas por indústria farmacêuticas e grupos de pesquisas de outros países (baseada em mRNA). Os cientistas brasileiros estão utilizando uma estratégia fundamentada no uso de partículas semelhante a vírus (VLPs, na sigla em inglês de virus-like particles), o que estimularia o sistema imune das pessoas a combater o vírus SARS-CoV-2.
O diretor do laboratório e coordenador do projeto, Dr. Jorge Kalil, ressalta que a vacina não deverá ficar pronta logo, uma vez que o processo envolve rigorosos testes de segurança. A expectativa é que nos próximos meses a candidata a vacina possa ser testada em animais.
Saiba mais sobre a notícia no site da revista Saúde e do El País.
6 – Pesquisadores produzem coronavírus em laboratório para ajudar nas pesquisas e diagnóstico
Em 09/03/2020 foi anunciado que pesquisadores Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) conseguiram isolar e cultivar em laboratório o coronavírus SARS-CoV-2 obtido dos dois primeiros pacientes brasileiros diagnosticados com a doença no Hospital Israelita Albert Einstein.
Destacamos que os vírus produzidos em laboratório em nível de biossegurança 3, ou seja, em um ambiente controlado e seguro. Os vírus são produzidos apenas com a finalidade de pesquisa, para ampliar a capacidade de realização de testes diagnósticos (são usados como controle positivo nos testes), para avançar estudos sobre como a doença é causada e se propaga, e para permitir o desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Os vírus serão distribuídos para outros grupos de pesquisa e laboratórios clínicos de públicos e privados em todo o país.
Saiba mais sobre a notícia no site da Exame.
5 -Brasil e mais nove países discutem iniciativas em C&T para combater novo coronavírus
Em 02/03/2020, os ministros de Ciência e Tecnologia de dez países participaram de teleconferência para compartilhar informações e experiências de cada um no enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-2019). O Brasil apresentou o sequenciamento genético do vírus, que foi realizado por pesquisadores brasileiros e deve ajudar nas pesquisas sobre o coronavírus.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, representou o Brasil. O encontro teve a participação de representantes da Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Nova Zelândia, e faz parte de um esforço global de compartilhamento de informações para o entendimento do coronavírus.
Saiba mais pelo site do MCTIC.
4 – Fiocruz distribuirá 30 mil testes para novo coronavírus
Em 02/03/2020 , a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos e do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), anunciou que desenvolveu em tempo recorde (menos de um mês) kits para diagnóstico molecular do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e que produzirá cerca de 30 mil kits de diagnóstico para atender a rede de laboratórios públicos (LACENs) de todo o país. No começo de março, apenas os laboratórios de referência nacional realizavam estes testes (Fiocruz, Adolfo Lutz/SP e Evandro Chagas/PA). A distribuição dos kits permite a descentralização para que todos os estados monitorem o avanço da doença.
Saiba mais sobre a notícia no site da UOL e do IBMP.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é vinculada ao Ministério da Saúde e é referência internacional como instituição de ciência e tecnologia em saúde. Possui 21 unidades técnico-científica em diversas cidades do país, como o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). Suas pesquisas são voltadas principalmente para o desenvolvimento de novas vacinas, métodos de diagnóstico e monitoramento da saúde do trabalhador.
O IBMP é um instituto que já desenvolveu o Kit para Diagnóstico Molecular ZDC, usado para confirmar casos de Zika, Dengue (os quatro sorotipos) e Chikungunya e o kit de diagnóstico para Febre Amarela, e foi qualificado como fornecedor oficial de Bio-Manguinhos/Fiocruz .
3 – Pesquisadoras da USP sequenciaram o RNA do coronavírus em tempo recorde
Em 29/02/2020 , dois dias depois do diagnóstico do primeiro caso da doença do coronavírus no Brasil, pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) sequenciaram o RNA do novo coronavírus em apenas 48h. Esse feito foi uma conquista para a ciência brasileira pois outros países levavam em média 15 dias para finalizar o sequenciamento de um vírus.
“Ao sequenciá-lo, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”, disse à Agência Fapesp Dra. Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP.
O sequenciamento do genoma do novo coronavírus foi realizado por pesquisadores coordenados pela Dra. Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP, utilizando a tecnologia de sequenciamento MinION. A pesquisa for realizada em parceria com pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da Universidade de Oxford na Inglaterra, por meio da parceria Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), que estuda em tempo real epidemias de arboviroses, como dengue e Zika .
Saiba sobre os bastidores do primeiro sequenciamento realizado em meio ao feriado de Carnaval na reportagem da BBC Brasil.
Outros laboratórios, como o da UFBA, continuam realizando o sequenciamento de alguns pacientes para estudar possíveis mutações no vírus, o que permite monitorar sua cadeia de transmissão.
2 – Rede nacional de pesquisadores contra o coronavírus e influenza é criada
Em 11/02/2020 foi anunciado que uma rede de pesquisa envolvendo cientistas e laboratórios será criada no Brasil para ajudar no enfrentamento de viroses emergentes (Rede Viroses Emergentes do MCTIC – RedeVírus-MCTIC), com foco inicial em coronavírus e influenza. A proposta foi resultado de uma reunião promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e comunicações (MCTIC), com a participação de especialistas e de representantes do Ministério da Saúde, de entidades científicas e de unidades de pesquisa. A reunião contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, Academia Brasileira de Ciências (ABC), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Universidade de São Paulo (USP), Fundação Oswaldo Cruz, Sociedade Brasileira de Virologia e Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).
Saiba mais sobre a RedeVírus – MCTIC no site do MCTIC.
1 – Cientistas da UFBA otimizam teste para detecção do coronavírus de 48h para 3h
Em 07/02/2020 foi veiculada a notícia de que cientistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) otimizaram o tempo do teste convencional de detecção de coronavírus de 48h para 3h, utilizando um equipamento de Real-Time PCR que realiza a detecção de sequências de RNA viral de maneira muito rápida. O grupo de pesquisa é coordenado pelo virologista Dr. Gúbio Soares e foi o primeiro a identificar a chegada do Zika vírus no Brasil em 2016.
Leia mais sobre a notícia no site da Exame.
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Se você tiver dúvidas sobre a doença, busque sempre os canais oficiais. O Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde (em inglês) e a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão a postos, publicando informações atualizadas e desmascarando fakenews sobre a doença.