O Profissão Biotec traz um resumo das principais notícias sobre COVID-19 nesse mês de maio.
Anvisa
A Anvisa aprovou a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina AstraZeneca pela Fiocruz. Dessa forma, em breve a vacina AstraZeneca será a primeira totalmente produzida no Brasil, e a Fiocruz poderá produzir lotes-piloto, em escala comercial, destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 13/05, a Anvisa aprovou o uso emergencial de uma associação dos anticorpos Banlanivimabe e Etesevimabe para o tratamento das formas leve e moderada de COVID-19. O medicamento só poderá ser utilizado em hospitais e ainda precisa de análise do Ministério da Saúde para sua utilização no Sistema Único de Saúde (SUS).
No dia 25/05, a ANVISA também liberou os testes em humanos do soro anti-COVID, desenvolvido pelo Instituto Butantan a partir de plasma de cavalos. Se os resultados forem satisfatórios, o soro poderá ser utilizado no tratamento da COVID-19. Saiba mais aqui.
Testes clínicos de vacinas no Brasil
No mês passado a ANVISA liberou os testes clínicos de fase 3 da vacina contra COVID desenvolvida pela biofarmacêutica canadense Medicago R&D Inc e pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline -GSK. Agora, um centro de pesquisa de Valinhos está selecionando voluntários da região de Campinas (São Paulo) para participarem dos testes. Mais informações aqui.
Também foram autorizados pela ANVISA, em 13/05, os testes clínicos da vacina Covaxin, desenvolvida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. A fase 3 de testes clínicos envolverá a participação de 4.500 voluntários brasileiros (3mil em São Paulo e outros 1.500 no Rio de Janeiro, Bahia e Mato Grosso). A vacina também está sendo testada em 26.300 voluntários na Índia.
Novas variantes
Em 06/05 uma nova cepa, batizada de P.1.2 (uma mutação da linhagem P1) foi identificada pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou letal do que outras variantes. Mais informações aqui.
No final do mês, a variante indiana (B.1.617) foi identificada pela primeira vez no Brasil. O caso, identificado no Maranhão, é de um tripulante de um navio indiano que chegou ao litoral do Brasil. Outros tripulantes do navio também testaram positivo e seguem em isolamento. Outras informações aqui.
A boa notícia é que foi lançado nesse mês o Genov, o maior projeto de vigilância genética do coronavírus no Brasil. O projeto, idealizado pela Dasa, pretende sequenciar 30 mil genomas virais em um ano, o que pode auxiliar na detecção de novas variantes, aperfeiçoamento de vacinas e orientação de medidas e políticas públicas mais eficazes. Saiba mais aqui.
Vacinação no Brasil
Na segunda semana de maio, teve início a vacinação com a vacina da Pfizer no Brasil. Nesse momento, o Ministério da Saúde recomenda que as doses sejam distribuídas somente nas capitais, pois a vacina da Pfizer precisa ser armazenada em temperaturas mais baixas do que as vacinas da AstraZeneca e a Coronavac.
Nesse mês também teve início a vacinação em massa, com a vacina AstraZeneca, da população da cidade de Botucatu (São Paulo). Essa vacinação em massa faz parte de um estudo para testar a eficácia da vacina contra diferentes cepas do coronavírus. O estudo do Ministério da Saúde tem a participação da Universidade de Oxford, do laboratório AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz, da Fundação Gates, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Prefeitura de Botucatu.
Novas vacinas contra COVID-19
A startup Invent Biotecnologia Ltda, localizada no campus de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo), está desenvolvendo uma vacina oral contra COVID-19. Por ser uma vacina oral, possui fácil administração e armazenamento (sem necessidade de refrigeração) e produção mais simples. A tecnologia utilizada é baseada em uma bactéria capaz de produzir um dos antígenos do Sars-Cov-2 e os estudos estão na fase inicial. Saiba mais aqui.