O Profissão Biotec resume as principais notícias sobre COVID-19 deste mês de agosto.
Algoritmo prevê infecção pela COVID -19
Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP) desenvolveram um algoritmo que classifica alunos e funcionários de escolas com probabilidade de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2. Baseado na combinação de indicadores epidemiológicos dos municípios (como número de casos, mortes) e variáveis individuais (como viagens recentes), o algoritmo pode ajudar na orientação do retorno seguro às aulas em meio a pandemia.
Medicamento para uso emergencial aprovado pela ANVISA
Em 11 de agosto, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou para uso emergencial o medicamento Regkirona (regdanvimabe). Trata-se do quarto medicamento autorizado no Brasil para tratamento da Covid-19, sendo o terceiro para uso emergencial. O Regkirona é um anticorpo monoclonal produzido em laboratório que auxilia no combate mas não previne a doença. O medicamento é injetável e de uso restrito a hospitais, em pacientes adultos, com COVID-19 leve a moderada.
Futuros medicamentos contra COVID-19
Uma pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC – USP) identificou cinco moléculas capazes de se ligar à proteína MPro, essencial para a atividade do coronavírus Sars-Cov-2. Cerca de 10 mil moléculas foram testadas mas apenas 5 apresentaram potencial contra o coronavírus. Os resultados dessa pesquisa poderão auxiliar no desenvolvimento de compostos / medicamentos contra o coronavírus.
Vacinas brasileiras
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fez o pedido de autorização à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para os testes clínicos de fase 1 e 2 da vacina UFRJVac, produzida pela instituição. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), que também estão desenvolvendo uma vacina brasileira contra a COVID-19, a Spintec, submeteram à ANVISA o pedido para testes clínicos desse imunizante. Além da UFRJVac e da Spintec, o Brasil também está desenvolvendo outras duas vacinas: a ButanVac e a Versamune.
Imunidade conferida pelas vacinas Pfizer e Astrazeneca
Pesquisadores do Reino Unido avaliaram resultados positivos para a COVID-19 na população vacinada com os imunizantes da Pfizer e Astrazeneca, e observaram que de 5 a 6 meses após a segunda dose, há uma redução da proteção imunológica (queda entre 10 – 14%). Essa queda já era esperada pelos cientistas (pois ocorre também com outros tipos de vacinas), e reforça a necessidade de uma terceira dose das vacinas contra COVID-19.
Países aprovam terceira dose de vacina contra COVID-19
Alguns países começaram a vacinar suas populações com uma terceira dose de vacina contra COVID-19 na tentativa de conter o avanço da variante Delta. As populações que estão recebendo esse reforço são:
- Israel: pessoas com mais de 50 anos e imunizadas há mais de 5 meses;
- Hungria: toda a população deve receber a terceira dose;
- Chile e Uruguai: somente quem recebeu as duas doses da vacina Coronavac;
- Rússia: pessoas imunizadas há mais de 6 meses;
- República Dominicana: a terceira dose deverá ser de um imunizante diferente das duas primeiras doses;
- EUA, Alemanha, França e Reino Unido: devem começar a distribuição da terceira dose a partir de setembro;
- Indonésia: somente profissionais da saúde começaram a receber a dose de reforço.
- Brasil: No dia 24/08, o Ministério da Saúde informou que a terceira dose será aplicada a partir do dia 15 de setembro, em idosos (acima de 70 anos) e imunossuprimidos. Mas algumas cidades, como o Rio de Janeiro, pretendem aplicar o reforço em idosos acima dos 60 anos, a partir do dia 01 de setembro. Por isso, é preciso ficar atento ao calendário da sua cidade!
É importante ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os países priorizem a administração de 2 doses as suas populações, para que não falte vacinas para outros países.
Intervalo das doses
No Brasil, o Ministério da Saúde também informou, no dia 24/08, que o intervalo entre a primeira e segunda dose da Pfizer e da AstraZeneca foi reduzido de 12 para 8 semanas. Essa mudança respeita a bula dos imunizantes. Além disso, também foi autorizado o uso de vacinas de fabricantes diferentes, em caso de falta de vacina.
Atividade física melhora a resposta das vacinas contra COVID -19
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) comprovou que pessoas que praticam atividade física produzem mais anticorpos após se vacinarem conta a COVID -19. No estudo foram avaliados 1095 voluntários vacinados com duas doses da CoronaVac. Seis semanas após a segunda dose, foi observado que o grupo de voluntários que praticava atividade física apresentou melhor resposta à vacina (maior produção de anticorpos), reforçando que o estilo de vida impacta diretamente na imunização.
Fique atento aos nossos conteúdos sobre a COVID-19, mantenha os cuidados de higiene, o distanciamento social e não se esqueça de tomar as duas doses da vacina!