Uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade de Grenoble (França) resultou no desenvolvimento de um plástico comestível, biodegradável e que conserva os alimentos por mais tempo. O resultado da pesquisa, desenvolvida no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, foi publicado na revista científica International Journal of Biological Macromolecules.
O plástico natural é produzido a partir de gelatina (de origem bovina) e nanocristais de celulose. A mistura é aquecida, transformada em uma pasta e posteriormente forma uma película. Também são utilizados raios infravermelhos para a secagem rápida do material, permitindo que o plástico fique pronto em 20 minutos, bem mais rápido do que as 24 horas necessárias na produção convencional.
Os nanocristais de celulose garantem as propriedades antioxidantes e antimicrobianas, impedindo a proliferação de microrganismos e consequentemente conservam o alimento por mais tempo. Além disso, a composição do plástico permite que ele seja comestível e degrade no ambiente em até 180 dias.
Os pesquisadores buscam parcerias para produção em larga escala em até 2 anos, para que seja usado como embalagem primária (que está em contato direto com o alimento), aumentando a vida útil desse alimento e reduzindo o desperdício.
Fonte: G1 e Revista Oeste