No início do mês, o Ministério da Saúde informou que substituirá gradativamente a vacina oral (a famosa “gotinha”) utilizada nas campanhas de imunização da poliomielite por uma vacina injetável. A vacina oral, que inspirou a criação do personagem Zé Gotinha, é aplicada como dose de reforço aos 15 meses e depois aos 4 anos de idade. Mas a partir de 2024 a recomendação é que tanto as doses iniciais (aos 2, 4 e 6 meses de idade) quanto a dose de reforço (15 meses e 4 anos de idade) sejam realizadas com a vacina injetável.
Segundo o Ministério da Saúde, a mudança é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde aos países em que não há circulação do vírus selvagem. Além disso, a recomendação se baseia em evidências científicas, e representa um avanço tecnológico que garantirá maior eficácia do esquema vacinal, pois a vacina injetável apresenta proteção acima de 90%, e contém vírus inativados. Assim como a versão oral (gotinha), a vacina injetável é incapaz de causar a doença e apenas estimula o sistema imunológico do indivíduo.
A poliomielite (popularmente chamada de paralisia infantil) é uma doença altamente contagiosa que pode causar paralisia irreversível de membros inferiores, tanto em crianças como em adultos. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a baixa cobertura vacinal no Brasil torna o país muito suscetível ao retorno da doença, por isso a importância das campanhas de vacinação, da vigilância sanitária e da atualização do esquema vacinal.
Fonte: Veja e Governo Federal