Considerada um problema grave em mais de sessenta países, a deficiência de vitamina A é um distúrbio de grande magnitude. Grandes esforços são realizados por cientistas para identificar indicadores do estado nutricional de vitamina, na criação alternativas de tratamentos ou vias que possibilitem a inserção dessa vitamina como um suplemento no dia-a-dia das pessoas acometidas por esta deficiência.
Ela pode ser causada por dois fatores principais: a ingestão inadequada de vitamina A para satisfazer as necessidades orgânicas, levando a uma ineficiente absorção deste micronutriente, e a relação do sinergismo entre episódios infecciosos e a carência de vitamina A.
Em crianças em idade pré-escolar, este distúrbio nutricional pode causar aumento do risco de mortalidade, morbidade e cegueira. Assim, um projeto apoiado pela Fundação Bill & Melinda Gates tem como objetivo salvar vidas na África, onde a deficiência do nutriente provoca a morte de milhares de crianças e compromete a visão de outras milhares.
Mas como? A partir do melhoramento das características nutricionais da banana, fruta que é consumida como principal alimento na dieta diária de diversos países africanos. Na busca pelo melhoramento, pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, trabalham há mais de uma década no desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas (GM) que contenham mais vitamina A.
A estratégia dos cientistas foi identificar o gene de uma espécie de banana originária da Papua Nova Guiné que é naturalmente rica em vitamina A. Esse gene foi inserido na banana Cavendish, que apresenta frutos maiores, mas é menos rica no nutriente. Segundo o pesquisador James Dale, que conduz o estudo, a nova variedade transgênica, chamada “banana dourada”, possui uma concentração de vitamina A até quatro vezes maior do que a fruta convencional. Os resultados do trabalho foram publicados neste mês de Julho.
Saiba mais através da notícia publicada pelo CiB.