A notícia de hoje vem direto da Academia para vocês. Mostrando como é importante a pesquisa base para realização de estudos relevantes que podem resultar em tratamentos, produtos ou processos dos mais diversos setores e que beneficiarão a sociedade.
E a biotecnologia se faz muito presente nesse meio!
O Cerrado brasileiro representa o segundo bioma do país e estende-se por vários estados do Brasil, incluindo Minas Gerais, com riquíssima biodiversidade. Devido a essa riqueza, diferentes estudos vêm sendo realizados e têm demonstrado as propriedades biológicas das plantas do Cerrado, atuando especialmente como anti-inflamatórios e antioxidantes naturais.
O grupo de Bioquímica Vascular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), campus Patos de Minas, vem se dedicando à investigação do potencial anti-hipertensivo de tais espécies vegetais. O grupo é formado pela Cristina R. Fürstenau, coordenadora do laboratório e supervisora dos estudos, seis alunos de graduação, uma mestranda e uma técnica de laboratório. Dessa forma, extratos obtidos de pequi, sangue-de-Cristo, mangaba e guabiroba vêm sendo testados sobre enzimas específicas, envolvidas no controle da pressão arterial, no plasma e nos vasos sanguíneos de modelos animais e celulares, respectivamente.
Os resultados têm se mostrado bastante promissores e vêm elucidando de maneira importante os benefícios popularmente reconhecidos dessas plantas, substanciando efetivamente seu uso como adjuvantes no tratamento da pressão alta.
Como a pesquisa ainda está em andamento, os resultados ainda não podem ser divulgados. Mas não podemos deixar de noticiar um estudo tão importante realizado numa universidade brasileira e que pode levar ao tratamento de uma doença que acomete e mata milhares de pessoas em todo o mundo, a hipertensão arterial, a popular pressão alta.