Pela primeira vez, cientistas utilizaram a edição gênica em embriões humanos para investigar o seu desenvolvimento. O trabalho sugere que a proteína OCT4 (envolvida na auto-renovação de células-tronco embrionárias indiferenciadas) tem funções adicionais em embriões humanos em comparação com os de camundongos. Mas os biólogos dizem que o estudo é mais importante como prova de princípio, já que pesquisas anteriores de edição de embriões humanos centralizaram-se na correção de genes defeituosos.
O pesquisador Niakin e colegas usaram o CRISPR para desativar o gene que codifica a OCT4 em 37 embriões humanos de célula única. Essas são células doadas e que não foram utilizadas por casais depois dos tratamentos de fertilização in vitro.
Os embriões de ratos que não possuem a proteína formam principalmente células placentárias; as células destinadas a formar o feto não aparecem. No entanto, no nocaute do embrião humano, as células da placenta e as células do saco vitelino também não conseguiram se formar. Isso sugere que, em seres humanos, OCT4 desempenha um papel no desenvolvimento de todos esses três tipos de células fundamentais.
Os cientistas planejam continuar trabalhando com o CRISPR para descobrir exatamente o que os genes OCT4 controlam nos diferentes tipos celulares.
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