Será que estamos vivenciando uma nova revolução genética?
Pesquisadores chineses da Universidade de Sun Yat-sen afirmam ter realizado, pela primeira vez no mundo, uma “cirurgia química” em embriões humanos para extrair uma doença.
Para tal, a equipe utilizou a técnica chamada “edição de base” para corrigir um único erro entre as três bilhões de “letras” do nosso código genético.
Pioneiro da edição de base, professor David Liu, da Universidade de Harvard, descreveu o método como “cirurgia química”.
Essa técnica modifica a construção básica do DNA: as quatro bases adenina (A), citosina (C), guanina (G) e timina (T).
Os cientistas alteraram embriões feitos em laboratório para extrair a doença talassemia beta. A equipe acredita que o experimento pode levar ao tratamento de uma série de doenças herdadas geneticamente algum dia.
A talassemia beta é uma doença sanguínea provocada pela mudança em uma única base no código genético – conhecida como mutação pontual. Os pesquisadores chineses a “editaram de volta”. Eles copiaram o DNA e trocaram o G por um A, corrigindo o problema.
“Nós somos os primeiros a demonstrar a viabilidade de curar doenças genéticas em embriões humanos a partir de um sistema de edição de base”, disse Junjiu Huang, um dos cientistas do grupo.
A edição de base, assim, se mostra como um avanço em relação a técnica de edição gênica por Crispr, que já está revolucionando a ciência.
Super interessante e instigante, não? Ficou curioso para saber mais sobre essa técnica que já promete ser um avanço à recente Crispr abrindo portas para a nova revolução genética?
Confira a notícia na íntegra no site da BBC.