Em seu mestrado realizado na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, Marluci Palazzolli da Silva, engenheira de alimentos, realizou uma pesquisa que deu origem ao chocolate funcional.
O chocolate funcional contém micro-organismos vivos que conferem mais benefícios à saúde humana. Além das propriedades antioxidantes presentes no cacau, os probióticos melhoram as funções gastrointestinais, reduzem o risco de constipação e a possibilidade de desenvolvimento de várias doenças como o câncer de cólon. Essa pesquisa traz novas alternativas para o mercado de alimentos. O chocolate meio amargo poderá substituir os produtos lácteos encontrados nos supermercados que não podem ser consumidos por pessoas com intolerância à lactose, alérgicos ou com restrição de proteína animal.
Segundo Marluci, considerando a boa aceitação do chocolate, a manutenção da viabilidade dos probióticos e o efeito antioxidante pela presença dos compostos fenólicos no cacau, os resultados da pesquisa indicaram o potencial do produto para a diversificação dos alimentos probióticos disponíveis no mercado.
Os probióticos aplicados ao chocolate foram o Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium animalis, semelhantes aos presentes naturalmente no organismo humano, mas que ao longo da vida vão se perdendo pelo consumo de alguns alimentos industrializados que afetam a flora intestinal, como o açúcar, abusos de medicamentos e o estresse.
Mas como foi realizada a incorporação dos probióticos no chocolate meio amargo?
Em laboratório, Marluci dividiu o processo em duas etapas:
- Microencapsulou os probióticos com gordura vegetal por um método chamado spray chilling, onde a mistura de probióticos e a gordura vegetal aquecida foi atomizada a frio produzindo partículas lipídicas. O objetivo foi proteger os micro-organismos do contato com o oxigênio, com a umidade e demais ingredientes do chocolate;
- A pesquisadora preparou amostras de chocolate sem a encapsulamento dos micro-organismos. As amostras de chocolate foram produzidas em parceria com o Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Ficou curioso para saber mais sobre esse chocolate e para ver os resultados do processo de incorporação?
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