Resultados de um estudo preliminar realizado por pesquisadores da Johns Hopkins Kimmel Cancer Center em Baltimore, nos Estados Unidos, sugerem que um único exame de sangue pode se tornar mais uma alternativa utilizada para detectar uma variedade de cânceres.
Nos últimos anos, as biópsias líquidas são os testes experimentais que mantêm a promessa de detectar e rastrear tumores a partir de uma amostra de sangue. Muitos desses testes são projetados para detectar um único tipo de câncer ao detectar mutações associadas a tumores em seqüências de DNA encontradas flutuando livremente no sangue.
No estudo publicado em 18 de Janeiro na Science, o teste que foi desenvolvido pelos pesquisadores da Johns Hopkins Kimmel Cancer Center em Baltimore, nos Estados Unidos, é incomum na medida em que testa não apenas para essas mutações de DNA, mas também para níveis aberrantes de certas proteínas, em um esforço para detectar oito tipos diferentes de câncer. O teste foi capaz de detectar doenças em cerca de 70% das 1.000 pessoas que já foram diagnosticadas com câncer.
Os pesquisadores esperam que seu trabalho possa eventualmente levar a um teste mais simples e barato do que o sequenciamento intensivo envolvido em algumas outras biópsias líquidas. “Eles acabam com um desempenho semelhante a outras abordagens, mas com o que parece ser uma abordagem muito mais econômica”, diz Nitzan Rosenfeld, pesquisadora de câncer da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A maioria dos grupos da academia e da indústria se concentraram no uso de biópsias líquidas para rastrear a progressão do câncer e orientar os médicos ao formular um plano de tratamento. Mas o oncologista Nickolas Papadopoulos da Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, e seus colegas queriam desenvolver um teste que pudesse detectar cancros cedo, quando eles são mais fáceis de tratar.
Tais testes são particularmente desafiadores: pequenos tumores geralmente não liberam tanto DNA na corrente sanguínea como tumores maiores. E os falsos positivos são uma preocupação para testes que se destinam a ser administrados a grandes populações de indivíduos saudáveis - um resultado incorreto pode causar estresse indevido e levar a tratamentos desnecessários e potencialmente prejudiciais.
Os pesquisadores procuraram maneiras de tornar sua biópsia líquida mais sensível sem aumentar o risco de um resultado falso positivo. O teste que eles desenvolveram – apelidado de CancerSEEK – examina os níveis de 8 proteínas e a presença de mutações em 16 genes.
Muito interessante, não?!
Saiba mais sobre essa nova possibilidade de detecção de cânceres a partir da notícia na íntegra.