Quem já ouviu falar de blockchain pode associar essa tecnologia às criptomoedas como o Bitcoin, mas na realidade essa tecnologia de registro e criptografia também pode ser utilizada em outras transações que também exijam um armazenamento seguro e privado de uma grande quantidade de dados. Pensando nisso, a empresa de biotecnologia sul-coreana Macrogen, provedora de serviços de sequenciamento naquele país, decidiu desenvolver uma plataforma de dados genômicos baseada em blockchain em conjunto com a empresa de tecnologia local Bigster.
O Big Data gerado no ecossistema médico integra informações genômicas, de saúde e estilo de vida dos indivíduos, e é extremamente importante para realização de diagnósticos, tratamentos e prevenção personalizados individualmente. Essas informações também tem um valor excepcional para os governos montarem as políticas de saúde públicas e para as indústrias farmacêuticas e de saúde, interessadas em desenvolver e comercializar novos tratamentos.
O uso da tecnologia blockchain para a criação de um banco de dados de informações médicas vai permitir o armazenamento seguro e privado e a transferência de grandes quantidades de informações genômicas e pessoais confidenciais.
A empresa americana Nebula Genomics foi quem abriu um precedente em maio deste ano para o uso de blockchain para a troca segura de dados genômicos, com a empresa de tenologia Longenesis.
As duas empresas, Macrogen e Bigster, pretendem finalizar a plataforma para junho de 2019, criando um blockchain autorizado que restringiria o acesso a instituições específicas, como empresas farmacêuticas, empresas de biotecnologia, hospitais e institutos de pesquisa.