Se você perguntar para um estrangeiro o que ele sabe sobre o Brasil, provavelmente escutará “Futebol”, “Carnaval” e “Amazônia”. Famosa mundialmente, a Floresta Amazônica é conhecida pela sua riqueza natural – estima-se que 10% das espécies existentes estejam lá. Podemos encontrar animais como boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), onça-pintada (Panthera onca) e a arara-vermelha (Ara chloropterus), além de plantas como o guaraná (Paullinia cupana) e açaí (Euterpe oleracea). Não é à toa que os gringos vem ao Brasil unicamente para visitá-la.
Impossível não simpatizar com o boto-cor-de-rosa! Fonte: Tudo Rocha
A Floresta Amazônica é caracterizada como floresta latifoliada (vegetação que apresenta folhas grande e largas), com clima úmido e quente, e ocupa uma área de 5,5 milhões de km2, o equivalente a mais da metade da área da Europa. Infelizmente, o tamanho está diminuindo: somente no mês de junho, foi desmatada uma área de floresta do tamanho de 97 mil campos de futebol, de acordo com Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). Acredita-se que até 90% da derrubada ilegal da floresta ocorre para dar espaço para pastagens e plantações de soja.
Mas por que o desmatamento é tão crítico?
O desmatamento da Floresta Amazônica poderia mudar o regime de chuvas, pois grande parte da precipitação do centro-sul do Brasil é causada por ventos que trazem vapores da mata do Norte. Se a floresta for transformada em pastagem, menos água será evaporada, agravando ainda mais a crise hídrica na região sudeste. Em segunda instância, isso afetará também a geração de energia elétrica, já que grande parte da matriz energética brasileira é composta por hidroelétricas.
Da mesma maneira, o desmatamento coloca em risco a biodiversidade de espécies existentes naquela região. No país, já somamos 1173 espécies de animais em extinção, conforme levantamento do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Além de prejudicarmos o meio ambiente, estamos perdendo riqueza genética e, consequentemente, potencial biotecnológico. Afinal de conta, várias moléculas de interesse industrial, como enzimas, antibióticos e anticancerígenos, são obtidos de fontes naturais. Já imaginou quantos moléculas interessantes estamos destruindo?
Fonte: djaniratavares
Ontem, 5 de setembro, foi o Dia da Amazônia. Esse texto é uma reflexão da situação atual da Floresta Amazônica e da sua importância para o país, tanto ambiental, quanto economicamente. É importante que estejamos todos unidos na defesa da biodiversidade do nosso país, sejamos biotecnologistas, biólogos, agrônomos, biomédicos, etc.
“A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.”
(Johann Goethe).