Se tem uma festividade que o brasileiro adora e aguarda sua chegada ansiosamente, certamente é a festa junina. E, finalmente, junho chegou! Não bastando o clima acolhedor, entre fogueiras e quadrilhas, as comidas típicas são uma delícia! Mas, além disso tudo, muitos dos elementos tradicionais da festa junina têm relação com a biotecnologia. Então, vista sua roupa quadriculada e vamos ‘simbora’ descobrir mais!
Milho
Sua fama é grande na festa junina: pipoca, milho cozido, fubá, canjica e pamonha são algumas de suas aparições. E o milho é também famoso por vários motivos dentro da biotecnologia. O principal deles é seu uso como matéria-prima na produção de biocombustíveis – você pode conferir nesse texto do Profissão Biotec.
Além disso, o milho transgênico, ou seja, geneticamente modificado, é conhecido há muitos anos e pode trazer diversos benefícios. Além de ser comprovadamente seguro, ele é mais resistente a insetos e herbicidas, beneficiando o agricultor e, consequentemente, o consumidor. O milho transgênico pode até mesmo ter maior quantidade de metionina, um aminoácido muito abundante em alimentos de origem animal, melhorando seu valor nutricional. O Profissão Biotec contou esta história nesse texto aqui. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, o que só foi alcançado graças às modificações genéticas realizadas nesse grão.
Doce de leite
A produção leiteira e de doce de leite visa sempre garantir a segurança no consumo humano. A implementação de análises físico-químicas e microbiológicas mais robustas auxilia na obtenção de produtos em devidas condições higiênicas e nutricionais, garantindo uma boa qualidade.
Além disso, a biotecnologia de reprodução ajuda a melhorar diversos aspectos relacionadas à reprodução e lactação das vacas, o que tem uma implicância direta na produtividade do leite. E tem mais: vacas transgênicas! Estes animais geneticamente modificados produzem um leite com menor chance de causar alergias, devido à ausência da proteína beta-lactoglobulina.
Falando em leite, o Profissão Biotec já explicou como funciona a intolerância à lactose (que é diferente da alergia citada acima, viu!). Você pode conferir aqui.
Palha
A palha, encontrada nos chapéus tradicionais da festa junina, tem um papel marcante na área energética. Ela é um resíduo agrícola abundante, proveniente, por exemplo, da cana, e visado como matéria-prima no processo produtivo de biocombustíveis.
A utilização da palha, bagaço ou outras fibras residuais é muito relevante, pois pode impulsionar o setor energético, especialmente quando se trata da produção de etanol. Microrganismos podem ser utilizados no processamento da biomassa celulósica para gerar este produto, estratégia já implantada por uma empresa brasileira, de acordo com a Revista FAPESP. O Profissão Biotec já falou sobre a produção industrial e energética através da biotecnologia (inclusive, utilizando a palha) aqui e aqui, respectivamente.
Amendoim
Para a alegria dos alérgicos, o consumo do amendoim, presente em doces como paçoca e pé de moleque, é atualmente mais seguro devido à biotecnologia – já existe um amendoim transgênico livre de três importante proteínas alergênicas. E olha que legal: o resultado foi tão impactante que encorajou a pesquisadora responsável a fundar sua própria empresa de biotecnologia (saiba mais aqui).
Mas os estudos não param por aí! O Brasil e outros países investem não só em métodos otimizados de produção do amendoim, como também em estudar a fundo seu DNA! O objetivo é entender a história genética do amendoim e como teria surgido a variedade cultivada atualmente, além de detectar genes relacionados, por exemplo, à resistência a patógenos. Muito interessante, não é mesmo?!
Bebidas alcoólicas
O quentão, bebida tradicional das festas juninas, pode levar vinho ou cachaça em sua preparação. O vinho, que já tem alguns benefícios a saúde, poderá também aumentar a longevidade de seus consumidores através de uma façanha chinesa de modificação genética em uvas viníferas! Quanto a cachaça, ela é um elemento histórico e cultural brasileiro, sendo até mesmo considerado propriedade nacional. Você pode ler mais sobre ela nesse texto do Profissão Biotec.
Além disso, tanto o vinho quanto a cachaça passam por uma etapa de fermentação em seu processo produtivo. E fermentação é a paixão platônica de todo biotecnologista, não é mesmo?! Não é a toa que o Profissão Biotec dedicou um texto especialmente para tratar dela, e você pode acessá-lo aqui.
Que tal agora, sair por aí contando a todos como a biotecnologia está presente não só em nosso dia-a-dia, mas também em nossas festividades preferidas? E não deixe de mandar esse texto para aquele seu amigo que adora um ‘arraiá’! Uma ótima festa junina!
Parabéns brilhante!