Pesquisadores divulgaram o primeiro banco de dados genômico de idosos da América Latina. O estudo, realizado pelo Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (USP) e outras instituições nacionais e internacionais, faz parte de um projeto que visa estudar as condições de vida e saúde de pessoas na cidade de São Paulo e outras cidades da América Latina e Caribe.
A pesquisa sequenciou o genoma de 1171 idosos brasileiros, sem parentesco, todos voluntários do estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento). Foram identificadas 77 milhões de mutações genéticas e, dentre entre essas mutações identificadas, 2 milhões não estavam descritas em bancos de dados internacionais. Também foram catalogados 2 mil elementos genéticos móveis (partes genômicas que se deslocam para outras partes do genoma) e mais de 140 alelos de genes de HLA (família gênica relacionada a doenças infecciosas e autoimunes).
Os dados do banco genômico brasileiro poderão facilitar o diagnóstico de doenças associadas ao envelhecimento, como hipertensão, Alzheimer, mal de Parkinson e câncer. Os resultados dessa pesquisa foram publicados na plataforma bioRxiv e ainda não foram revisado por outros cientistas.
Mais informações no site Jornal da USP.