A escassez de alimentos é um problema que acomete diferentes regiões em todo o mundo. Esse problema pode ter diversas causas, e um deles é a seca constante em determinados locais, impossibilitando o plantio e crescimento de plantas e criação de animais devido ao solo pobre e à baixa disponibilidade de água.
Buscando amenizar esse problema, cientistas sequenciaram pela primeira vez o genoma do cereal nativo do continente africano Pennisetum glaucum, ou milheto pérola. Esse conhecimento possibilitará melhorar a produção deste cereal próprio de zonas áridas, estas cada vez mais extensas devido às mudanças climáticas.
O milheto pérola, que contém entre 8% e 19% de proteínas — mais que o arroz — segundo as estimativas, constituiria a base da alimentação diária de cerca de 100 milhões de pessoas no mundo.
Este cereal “pode ter um interesse para a agricultura mundial, em outras zonas do mundo onde os climas secos poderiam se expandir”, explicou Yves Vigouroux, do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento e coautor do estudo publicado na revista “Nature Biotechnology”.
Os pesquisadores obtiveram a sequência do seu genoma completo, de mais de 38 mil genes, que permitirá que identifiquem de que forma a planta pode ser mais resistente às doenças, melhorando assim seu rendimento.
Segundo o estudo realizado por 63 especialistas em dez países, este poderia ser superior ao milho “no clima do futuro” e poderia, além disso, oferecer uma resposta à pressão demográfica e à insegurança alimentar na África, cuja população passará de 1 bilhão de pessoas, atualmente, para 2,5 bilhões em 2050.
Saiba mais através da notícia do G1.