A bioluminescência é um fenômeno natural que ocorre em diversos animais, microrganismos e fungos, caraterizada pela emissão de luz através de uma reação bioquímica, normalmente mediada por uma enzima chamada luciferase. Várias pesquisas já buscaram criar plantas bioluminescentes para serem aplicadas na iluminação de ruas e até mesmo árvores de natal que brilham sozinhas. No entanto, as estratégias testadas não foram eficientes pois são muito caras ou apresentam um nível de brilho muito baixo.
A pesquisa, publicada recentemente na Nature Biotechnology, realizou a inserção de 4 genes do cogumelo bioluminescente Neonothopanus nambi no genoma de planta de tabaco para a conversão de ácido cafeico em luciferina. O resultado é uma planta cerca de 10 vezes mais brilhante que as desenvolvidas com genes de bactérias bioluminescente e que brilha tanto no escuro como na luz do dia. Além disso, os pesquisadores observaram que a bioluminescência varia conforme o crescimento da planta: aumenta quando as folhas são danificadas e diminui quando a folha envelhece. As flores, por sua vez, apresentam o maior brilho entre os tecidos da planta.
Com a associação dessa nova tecnologia com a expressão de hormônios vegetais, por exemplo, será possível estudar processos biológicos de forma mais rápida e eficaz. Mais informações estão disponíveis no The Guardian.