Conselhos para um estudante de biotecnologia que está começando a faculdade

Ao entrar na faculdade, o calouro é convidado para várias festas e confraternizações. Este é um momento de comemoração e pura alegria! Porém, depois desse do êxtase, vem a calmaria e começa a rotina universitária cheia de altos e baixos. Então…

O que é uma vida universitária?

Como posso aproveitar ao máximo essa experiência única na minha vida?

Fique tranquilo. Você pode desenvolver muitas habilidades e diferentes tipos de competências  além da sala de aula, dependendo dos caminhos trilhados durante sua graduação. Por isso, aqui estão algumas oportunidades que a universidade pode lhe oferecer:


Com tantas possibilidades, qual escolher ao entrar na faculdade?
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/escolher-o-caminho-certo-1536336/

1. Iniciação Científica

Um calouro pode começar desde cedo a trilhar o caminho da pesquisa científica. Em geral, é possível acompanhar um veterano, mestrando ou doutorando em projetos  por meio de atividades de iniciação científica. Assim, além de o aluno ter a chance de conseguir uma bolsa de iniciação científica, é  diante de problemas científicos que precisam ser desenvolvidos, que ocorre o pensamento analítico.  Com isso, é possível ganhar experiência profissional, ainda colocar em prática os conhecimentos teóricos vistos em aula.

Além da iniciação você pode fazer estágio em empresas no final do curso ou durante, que são a principal porta de entrada para o mercado de trabalho.


Um dia no laboratório para quem faz iniciação científica.

2. Projetos de Extensão

 Um projeto de extensão se caracteriza por devolver à sociedade os investimentos feitos na Universidade. Logo, são ações que visam beneficiar a comunidade, como exemplo podemos incluir palestras educativas em escolas, construção de hortas comunitárias, entre outros.

Neste tipo de projeto, o aluno consegue visualizar como seu papel dentro da universidade pode ajudar as pessoas que não estão diretamente ligadas à mesma. Assim, o acadêmico ganha experiência profissional e também desenvolve grande capacidade altruísta.

E se pode conseguir bolsas nesse tipo de projetos com projetos no qual os professores sejam os tutores.

3. Programas de Ensino

Programas de Ensino são focados em desenvolver no aluno a capacidade de desde sua formação vivenciar o aprendizado de passar o conhecimento adiante. Inclusive, muitos ganham bolsa que usualmente se chama PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) para a participação neste tipo de iniciativa.

Outro programa é o PET (programa de ensino tutorial) no qual um professor tutor e os alunos desenvolvem diferentes projetos de ensino, pesquisa e extensão.

Um dia para levar o conhecimento para fora da universidade
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4. Empresa Júnior (EJ)

A empresa júnior tem o papel de colocar o acadêmico em contato direto com o mercado de trabalho, mostrando como seus conhecimentos teóricos podem ser aplicados em produtos e serviços. Com foco principalmente em pequenos e médios empresários, o acadêmico participante de uma EJ não pode receber salário, porém recebe em troca grande experiência profissional e muitos contatos.

Atualmente o Brasil é o país que possui o maior número de empresas juniores no mundo. Neste contexto, também existem outras oportunidades, como ajudar o crescimento do Movimento Empresa Júnior a nível estadual, participando de de Federação de Empresas Juniores do seu estado, e a nível nacional participando da Brasil Júnior (Federação das Empresas Juniores do Brasil).

5.Ligas Universitárias

Ligas universitárias são grupos formados por estudantes universitários com o objetivo de contribuir para a formação profissional dos alunos de uma ou mais instituições de ensino superior para uma área de atuação específica – ex.: empreendedorismo, mercado financeiro etc. As ligas cumprem seu papel por meio da promoção da área de atuação no meio universitário, de atividades de capacitação e pelo compartilhamento de oportunidades de envolvimento e ingresso nessas áreas.

Assim, atividades recorrentes em ligas universitárias são: palestras abertas ao público, cursos, treinamentos, grupos de estudo, simulações, resoluções de caso, competições, eventos de networking, e programas de mentoring.

6. Entidades estudantis (Centros Acadêmicos ou Diretórios)

         Centros acadêmicos têm como finalidade buscar soluções para os problemas acadêmicos e, acima de tudo, fazer valer seus direitos de estudantes através da promoção de palestras, encontros estudantis, reuniões para discussões internas com o DCE (Diretório Central dos Estudantes), Coordenação do Curso e com a Diretoria da Faculdade.

         Em nível de universidade, temos o DCE, que é a entidade estudantil que representa todos os estudantes (corpo discente) de uma instituição de ensino superior, sejam elas universidades, faculdades ou centros universitários. Seu papel facilitar e lutar pelas causas acadêmicas.

          Ao participar dessas atividades, o acadêmico consegue pensar de maneira sistêmica em como ajudar seu curso ou os alunos em sua universidade, desenvolvendo grande capacidade de planejamento e execução.

7. Atlética

Para aqueles alunos que gostam de atividades esportivas e que ainda desejam aprender um pouco sobre organização e gerenciamento, as Atléticas podem auxiliar nesse sentido. Com o intuito de integrar acadêmicos,  promover o esporte e uma vida mais saudável para os estudantes, as atléticas são excelentes opções de desenvolvimento. Inclusive, muitos processos seletivos de empresas levam em consideração acadêmicos que estiveram em diretorias de Atléticas.

8. Intercâmbios

Existem muitas oportunidades para fazer intercâmbio durante a graduação, existem programas de cada universidade e os mais famosos como:

Um programa de intercâmbios nacionais e internacionais no qual o banco Santander em parceria com as universidade financias diversas bolsas de estudo.

Essa ONG busca ajudar o estudante a desenvolver liderança por meio de intercâmbios relacionados a trabalhos voluntários ou profissionais. Com polos em várias cidades do Brasil e do mundo, você pode procurar a AIESEC mas próxima de você e encontrar um intercâmbio que se adeque às suas  necessidades.

Além dos intercâmbios para projetos sociais a AIESEC organiza intercâmbio profissionais para jovens que buscam uma experiência de trabalho no exterior, com oportunidades em grandes empresas pelo mundo, você estudante pode terminar a sua faculdade com uma incrível experiência e ainda pode ser contratado.

Depoimento da biotecnologista Carolina Bettker Vasconcelos:

“A experiência como voluntária na AIESEC me fez ver o mundo e o impacto do meu trabalho sob uma nova perspectiva, a qual continua guiando muitas de minhas escolhas pessoais e profissionais.”

“O programa de desenvolvimento de liderança da AIESEC me fez descobrir e aprimorar habilidades complementares à minha formação. “

A sigla IAESTE significa Associação Internacional de Estudantes para uma Experiência Técnica e Internacional, coordenada no Brasil pela ABIPE que promove oportunidades de estágios em diversos países do mundo em universidades, centro de pesquisa e empresas. É Uma excelente oportunidade para quem quer aprender e melhorar um idioma, e conhecer a oportunidade de como é trabalhar em outros países.

Esses são alguns exemplos entre várias atividades nas quais o estudante pode se envolver durante a graduação. Particularmente,vejo a universidade como um alicerce da construção de uma casa no qual os tijolos é cada um que coloca.

Confira também nosso texto com “8 conselhos de bacharéis em biotecnologia que os futuros biotecnologistas merecem receber antes de se formar” para mais dicas para tirar o melhor de sua experiência na faculdade.

Espero que com essas dicas você possa aproveitar ao máximo sua vida universitária e se divertir tanto profissional quanto pessoalmente. Quais outras dicas você poderia dar para quem está começando a faculdade?

Texto revisado por Carolina Vasconcelos e Natália Videira


Sobre Nós

O Profissão Biotec é um coletivo de pessoas com um só propósito: apresentar o profissional de biotecnologia ao mundo. Somos formados por profissionais e estudantes voluntários atuantes nos diferentes ramos da biotecnologia em todos os cantos do Brasil e até mesmo espalhados pelo mundo.

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