A Embrapa Agroenergia, que faz parte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), anunciou o desenvolvimento da primeira cana de açúcar editada, mas não transgênica, do mundo. Para isso os pesquisadores usaram a mesma técnica de edição genômica (CRISPR/Cas9) que ganhou o prêmio Nobel de Química, em 2020. Como os pesquisadores realizaram apenas um silenciamento gênico, sem alteração no DNA, as plantas foram classificadas como não-transgênicas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Por meio da edição do genoma da cana de açúcar a Embrapa desenvolveu duas novas plantas, a Cana Flex I e Flex II, onde foram silenciados um gene responsável pela rigidez da parede celular e um gene presente nos tecidos da planta, respectivamente. Essas alterações permitiram que, nessas plantas, o acesso das enzimas aos açúcares presos nas células fosse facilitado, contribuindo também para a fabricação do etanol e as extrações de outros bioprodutos.
Os pesquisadores afirmam que as plantas editadas aumentam a eficiência na produção de bioetanol, e geram um bagaço de maior digestibilidade para a alimentação de animais, e poderão ser uma opção à cana de açúcar transgênica.
Mais informações em CNN e Embrapa.
Crédito da imagem: Hugo Molinari – Embrapa