Grupo de estudantes universitários da Unesp foi premiado nos Estados Unidos por sua pesquisa que – no futuro – pode eliminar o uso de agulhas no tratamento do diabetes. Uma doença que atinge 14 milhões de brasileiros.
A turma da Universidade Estadual Paulista é uma das ganhadoras da medalha de ouro em uma competição internacional criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT – sigla em inglês), nos Estados Unidos. Os jovens cientistas foram para Boston e concorreram com 300 equipes de 44 países.
“Muito orgulho para nós, cientistas brasileiros, receber esse prêmio tão importante internacional, ainda mais buscando tratamento alternativo para uma doença tão importante como a diabetes”, disse a aluna da Unesp Mariana Biondi.
No laboratório de biotecnologia, os estudantes introduziram no DNA de bactérias um DNA sintético da insulina, hormônio responsável por levar o açúcar para dentro das células.
Nos tubos de ensaio, os micro-organismos geneticamente modificados perceberam a presença da glicose. Em outra amostra, passaram a produzir insulina. Dois tipos de bactérias, a lactococcus lactis e a bacillus subtilis, tiveram bons resultados.
“Isso é muito importante, porque juntando essas habilidades no futuro, a gente pode ter uma bactéria que vai produzir insulina na quantidade adequada, de acordo com a necessidade do paciente”, explicou o aluno da Unesp Patrick Squizato.
Essas bactérias são encontradas em vários alimentos, como queijos, verduras e legumes. No futuro, os pesquisadores da Unesp em Araraquara esperam usar os micro-organismos com o DNA modificado para criar uma substância que possa ser dissolvida na água ou no suco, por exemplo. A ideia é substituir a injeção de insulina que milhões de diabéticos precisam tomar.
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