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Com certeza, praticamente todos os seres humanos que puderam ver pessoalmente ou por imagens, já se encantou com as cores das borboletas, verdadeiras obras de arte. Como não achá-las atraentes, lindas e não encantar-se, não é mesmo? Muitos foram além do olhar e admirar, deixaram a curiosidade fluir e buscaram descobrir como ou o quê determina os diversos padrões, tons e cores das suas asas.
Alguns pesquisadores pensaram que essas características eram determinadas por uma complexa coleção de genes, que interagiriam para construir o padrão final. Mas dois estudos recentes sugerem que apenas dois genes desempenham um papel extraordinário na determinação das linhas e cores da asa.
Essas pesquisas foram publicadas na Proceedings of the National Academy of Sciences. E a importância desses estudos para os cientistas é compreender como os padrões das asas são controlados, permitindo uma maior visão sobre a evolução dos traços que ajudam os insetos a evitar a predação e atrair seus pares.
Segundo o biólogo Arnaud Martin, da Universidade George Washington em Washington DC, e principal autor de um dos estudos, “os dois genes diferentes são complementares. Eles são genes pintores especializados, de certa maneira, para fazer padrões”.
Mas onde a técnica CRISPR se encaixa?
Estudos anteriores que usaram mapeamento genético convencional e knock-out genético mostraram que os genes WntA e optix estão envolvidos no desenvolvimento de padrão de asa. O trabalho mostrou que os dois genes são “hotspots adaptativos”, porque estão ligados a mudanças físicas no organismo que parecem ser adaptações ao seu ambiente.
Os pesquisadores usaram a técnica CRISPR-Cas9 para manipular os genes WntA e optix em várias espécies de borboletas. Os cientistas ativaram e desativaram cada um dos genes para demonstrar o quanto influenciaram sobre o resultado final nas asas das borboletas.
Ficou curioso? Leia a notícia da Nature.