Técnica de fermentação mais rápida e econômica promete impulsionar a indústria de bioinsumos

Pesquisadores brasileiros e americanos aperfeiçoaram a técnica de fermentação líquida submersa que promete impulsionar a indústria de bioinsumos.

Uma parceria entre pesquisadores brasileiros, da  Embrapa Meio Ambiente,  e pesquisadores americanos, do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, aperfeiçoou a técnica de fermentação líquida submersa (FLS). A técnica  pode ser empregada na multiplicação de fungos usados no controle biológico de pragas e doenças da lavoura, impulsionando a indústria de bioinsumos.

O processo tem custo menor do que a fermentação sólida-estática (FSE –  método convencional usado na  produção de fungos) e permite a obtenção mais rápida de altas concentrações de células fúngicas, que são mais estáveis e mais eficazes no campo. Também é considerado mais flexível, moderno e compatível com a produção industrial brasileira devido a distribuição e disponibilização mais homogênea dos nutrientes do meio.

O controle biológico há muito deixou de ser o ‘patinho feio’ da sanidade vegetal. É hoje uma ciência robusta e reconhecida. Soluções tecnológicas para os desafios da implementação do controle biológico no campo estão em pleno desenvolvimento nas instituições de pesquisa e nas empresas. O desenvolvimento e o domínio da técnica de fermentação líquida submersa (FLS) é um marco nesse processo. Tem o potencial de revolucionar a produção de agentes fúngicos de controle, dando maior escala e qualidade aos produtos”, destaca Marcelo Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente.

Os resultados da pesquisa geraram duas patentes no Brasil e nos Estados Unidos, e a técnica ainda poderá ser adaptada para produção de outros fungos benéficos e substituir os atuais processos industriais que são mais caros e menos eficientes.

Mais informações no site Embrapa.

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