Não, não estamos falando de bolha social e, embora pareça história de filme (e realmente é, se você assistiu “Bubble boy”) , algumas pessoas precisam realmente viver a vida inteira dentro de uma “bolha” esterilizada. Esses indivíduos possuem uma imunodeficiência combinada grave (SCID, na sigla em inglês) causada por alterações genéticas, que os leva a ter pouca ou nenhuma defesa imunológica (qualquer infecção pode levá-los a morte) e à necessidade de viver em um pequeno mundo estéril.
Por causa no sofrimento dessas crianças, cientistas de todo o planeta buscam formas de curar ou pelo menos amenizar a síndrome e possibilitar uma melhor qualidade de vida para os que são acometidos. Pensando nisso, cientistas americanos usaram uma versão modificada do vírus HIV como vetor para entrar nas células e alterar o código genético, inserindo o gene “corrigido”.
8 crianças com idade entre 2 e 14 meses de vida receberam o tratamento e algumas semanas depois já foi possível observar uma melhora de saúde em todos os pacientes dos quais – até o fechamento do paper – três já haviam recebido alta do hospital.
O artigo intitulado “Lentiviral Gene Therapy Combined with Low-Dose Busulfan in Infants with SCID-X1” pode ser conferido gratuitamente no site do New England Journal of Medicine.
