Investimento para inovação

Os investimentos em recursos humanos são fundamentais na criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de novas tecnologias. Da mesma forma que a obtenção de capital, com objetivo de inserir novas empresas de Biotecnologia no mercado, sempre foi um desafio aos empreendedores, mesmo os já consolidados, por inúmeros motivos.  Qualquer projeto novo a ser implementado apresenta riscos aos investidores, seja na biotecnologia ou qualquer outra área de investimento. No entanto, é notável que existe uma alta rentabilidade e forte associação a produtividade, competitividade e geração de riqueza em inúmeros setores da indústria nacional ligados à biotecnologia. Motivos estes que levam a biotecnologia ser considerada uma área de prioridade em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

         A partir desta perspectiva, em 31 de julho de 1969, foi criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), no âmbito do Ministério do Planejamento, com a finalidade de dar apoio financeiro aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. Em 24 de julho de 1967, foi criada a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), como empresa pública vinculada ao Ministério do Planejamento. A Finep foi destinada a financiar estudos e programas necessários à modernização do sistema industrial e o desenvolvimento científico e tecnológico do país.  A obtenção de recurso financeiro por meio de Subvenção Econômica destaca-se como uma modalidade de financiamento praticada pela Finep, esta consiste no apoio financeiro por meio da aplicação de recursos públicos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) diretamente nas empresas, visando compartilhar com elas os custos e riscos inerentes a um novo projetos. Desta maneira espera-se que o investimento em biotecnologia tenha um retorno positivo na economia a curto e longo prazo [1].

Subvenção Econômica  
Seed Capital, Venture Capital e Private Equity

     A Inovação não é um processo linear e pode se dar por várias formas ou caminhos distintos, assim como existem várias maneiras de se obter recursos financeiros para implantar atividades inovadoras. Fora do âmbito de financiamento público existem modalidades de investimento de capital privado, dentre os quais podemos destacar Seed Capital, Venture Capital e Private Equity. São modalidades de investimento que visam promover o crescimento de uma empresa objetivando, em um momento futuro, a venda da sua participação na empresa, visando ganhos, ao mesmo tempo participando de custos e riscos inerentes a um novo projeto. Nestas modalidades, os investidores atuam como financiadores e, além do aporte financeiro, eles ajudam os empreendedores na gestão da empresa [2]. Um ponto em comum nestas modalidades é que os investidores preferem empresas inovadoras com elevado potencial de crescimento e retorno financeiro. Em cada modalidade existem características distintas e objetivos próprios, são eles;

  • Seed Capital: o investimento é realizado na fase inicial da empresa, em alguns casos, quando ainda são ideias ou projetos no papel, com o objetivo de ajudar os empreendedores nos primeiros passos do negócio.
  • Venture Capital: o investimento é destinado a empresas de pequeno e médio porte que já estão estabelecidas no mercado e que apresentam grande potencial de crescimento. O principal objetivo é financiar as primeiras expansões do negócio.
  • Private Equity: o investimento destina-se às empresas já consolidadas no mercado e que apresentam elevado faturamento. Nesse tipo de investimento, o empreendedor vende uma participação acionária de sua empresa em troca de apoio à gestão estratégica do negócio, além do próprio capital. O principal objetivo, em muitos casos, é proporcionar um impulso financeiro à empresa para que ela prepare-se para a abertura de capital em bolsas de valores.

      Na última década, os investimentos em recursos humanos no Brasil  originaram um profissional de nível superior altamente qualificado a desenvolver Ciência, Tecnologia e Inovação conhecido como Biotecnologista. Apesar do cenário atual da economia não ser favorável, os profissionais em biotecnologia que optarem pelo caminho árduo do empreendedorismo podem apresentar seus Planos Estratégicos de Inovação à Finep a qualquer momento por este link, mesmo aqueles que estejam em uma fase inicial podem encontrar recursos no Projeto Inovar, que vem atuando de forma a integrar os instrumentos de crédito e investindo na participação de startups [3]. Não obstante existem inúmeras acelerados com fundo privado dispostas a apoiar novos projetos de impacto social, ambiental e econômico por meio das modalidades  Seed Capital, Venture Capital e Private Equity.

igem.org

     O mundo precisa de pessoas inovadoras, e a crise econômica lá no fundo pode ser uma oportunidade para repensar a forma que percebemos o mundo a nossa volta. Profissionais em biotecnologia acreditem que “pequenas ideias podem ser grandes negócios.”

Bibliografia:

[1] http://www.finep.gov.br/a-finep-externo/sobre-a-finep Visitado em 07/04/2017 ás 14h04.

[2]http://exame.abril.com.br/pme/qual-a-diferenca-entre-investidor-anjo-seed-e-venture-capital / Visitado em 07/04/2017 ás 13h12.

[3]http://www.finep.gov.br/apoio-e-financiamento-externa/programas-e-linhas/programas-inova/o-que-e-o-programa-inova Visitado em 07/04/2017 ás 14h19.

Sobre Nós

O Profissão Biotec é um coletivo de pessoas com um só propósito: apresentar o profissional de biotecnologia ao mundo. Somos formados por profissionais e estudantes voluntários atuantes nos diferentes ramos da biotecnologia em todos os cantos do Brasil e até mesmo espalhados pelo mundo.

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