O Profissão Biotec traz um resumo das principais notícias sobre COVID-19 nesse mês de abril.
Anvisa
No dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou os testes clínicos de fase 3 de mais uma vacina, a SCB-2019. Essa vacina é produzida pela empresa chinesa Sichuan Clover Biopharmaceuticals, e administrada em 2 doses com intervalo de 22 dias. Os testes serão realizados com voluntários no Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. A vacina também será testada com voluntários de outros países da América Latina, África do Sul e Europa.
No dia 20, a ANVISA também aprovou o uso emergencial de um novo medicamento para combater a COVID-19. O medicamento Regn-Cov2 é um tratamento com anticorpos monoclonais, uma combinação de dois fármacos (casirivimabe e imdevimabe) que, segundo os estudos, reduz a duração dos sintomas (de 14 para 10 dias) e o risco de morte. Ele poderá ser administrado por via intravenosa mas somente em pacientes hospitalizados e não intubados. O Regn-Cov2 é produzido pelas indústrias farmacêuticas Roche e Regeneron, e seu uso também já foi autorizado nos Estados Unidos.
Contudo, a ANVISA não aprovou a importação da vacina russa Sputnik V. A agência apontou falhas nas etapas de desenvolvimento (estudos clínicos de fase 1, 2 e 3) e ausência ou insuficiência de dados sobre controle de qualidade, eficácia e segurança. Além disso, os dados indicam a possibilidade de replicação do adenovírus utilizado no desenvolvimento da vacina, o que pode gerar infecções em seres humanos, especialmente em pessoas com algum problema de saúde (como doenças autoimunes e respiratórias).
Novas variantes
No dia 26, o Instituto Butantan anunciou que detectou três novas variantes do vírus SARS-Cov-2 em São Paulo: B.1.351, a variante sul-africana; B.1.318, a variante encontrada na Suíça e Reino Unido; e N9, uma mutação da variante P1, a variante amazônica. A detecção e mapeamento das novas cepas é fundamental para compreensão dos mecanismos de ação e relevância das novas variantes, e pode colaborar na elaboração e atualização das vacinas e na adoção de medidas de controle da pandemia.
Nova vacina de mRNA
As empresas GSK e a CureVac anunciaram um acordo para o desenvolvimento de uma nova vacina de mRNA. O objetivo é desenvolver uma vacina multivalente, com uma resposta imunológica balanceada, uma dose baixa de mRNA e que tenha eficácia contra as variantes circulantes atualmente. O investimento será de 150 milhões de euros e a meta é que a vacina esteja disponível em 2022.
Testagem em massa
E na última semana de abril, um método de testagem em massa para a COVID-19, desenvolvido por uma startup brasileira BiomeHub, obteve o reconhecimento científico internacional após a publicação da metodologia no teste em um artigo científico da revista PLOS ONE. A startup realiza testagem da COVID-19 por meio de RT-PCR, utilizando um pool de swabs (material semelhante a um cotonete) que permite o agrupamento das amostras, reduzindo o tempo de análise e custos mas mantendo a sensibilidade do processo. Saiba mais sobre a metodologia desenvolvida e validada pela BiomeHub aqui.
Mais informações em: ANVISA, Instituto Butantan, Pfarma e BiomeHub.