O Profissão Biotec traz um resumo das principais notícias sobre COVID-19 nesse mês de junho.
Vacina Coronavac
No início do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da vacina Coronavac (desenvolvida pela empresa Sinovac Biotech e amplamente utilizado no Brasil). Dessa forma, a Coronavac poderá ser incorporada ao consórcio Covax Facility, e distribuída para diversos países.
Ainda sobre a Coronavac, o Instituto Butantan divulgou os resultados do Projeto S, estudo clínico de efetividade inédito realizado na cidade de Serrana – SP. Os resultados demonstraram que a vacinação em massa com a Coronavac reduziu os casos sintomáticos (80%), internações (86%) e mortes (95%), ressaltando a eficiência do imunizante.
E um estudo, realizado na China, e publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases demonstrou que a Coronavac induziu produção de anticorpos em mais de 96% das crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos.
Vacina AstraZeneca/Oxford
No dia 20/06 teve início o projeto “Paque Tá Vacinada” realizado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é vacinar toda a população da Ilha de Paquetá (Rio de Janeiro) com a vacina AstraZeneca para avaliar a segurança do imunizante e como ele atua na proteção de pessoas não vacinadas (como crianças e adolescentes). Em setembro, 15 dias após a segunda dose da vacina e caso não haja registro de casos de COVID na localidade, será realizado um evento teste com os moradores vacinados para avaliação da transmissão da COVID-19.
Vacina da Janssen (Johnson & Johnson)
Em junho, o Brasil recebeu 4,8 milhões de doses da vacina da Janssen, adquiridos pelo Ministério da Saúde e por doações dos Estados Unidos. A ANVISA já aprovou o uso emergencial da vacina, que apresentou 76,7% de eficiência para casos graves e é administrada em dose única. Essa vacina utiliza a tecnologia de vetor viral, a mesma tecnologia empregada na vacina AstraZeneca/Oxford.
Rede de Alerta de Variantes
O Instituto Butantan lançou a Rede de Alerta de Variantes, um boletim epidemiológico para monitorar o surgimento de novas variantes no estado de São Paulo. A rede é coordenada pelo Butantan e reúne laboratórios públicos e privados. Você encontra todos os boletins aqui.
Vacina ButanVac
Em 09 de junho, a ANVISA autorizou os estudos clínicos de fase 1 e 2 da ButanVac, a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan que não depende de insumos de outros países para sua produção. Além disso, o Instituto Butantan divulgou que estuda associar a ButanVac à vacina da Influenza, tornando a vacina eficaz contra COVID-19 e a gripe, o que poderá facilitar a imunização e reduzir custos.
O Instituto Butantan também lançou em junho um site com informações sobre a produção, tecnologia e estudos clínicos da ButanVac. Ao longo do mês os voluntários puderam se candidatar para participar desses estudos clínicos, e na última segunda-feira (28/06), o Instituto Butantan informou que recebeu 93,7 mil pré-cadastros. Para a primeira fase dos estudos clínicos apenas 418 voluntários foram selecionados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Ribeirão Preto – SP) que conduzirá o estudo.
Nova nomenclatura de variantes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou a nomenclatura das variantes de interesse e preocupação do coronavírus. Com o objetivo de facilitar a identificação das variantes e evitar a discriminação dos países onde foram identificadas, a partir de agora essas variantes serão descritas pelo alfabeto grego: Alpha: variante identificada no Reino Unido; Beta: variante identificada na África do Sul; Gamma: variante identificada no Brasil; Delta: variante identificada na Índia.
Importação excepcional das vacinas Covaxin e Sputinik V no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou a importação excepcional das vacinas Covaxin (Índia) e Sputnik V (Rússia). Isso significa que apenas quantidades predeterminadas serão importadas, que os lotes devem ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS- FIOCRUZ), e que a aplicação será em um público restrito (até 1% da população do estado), que será monitorado constantemente. Apenas alguns estados como Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí receberam autorização para importar e aplicar as vacinas. Mais informações sobre a exportação e os estados autorizados.