Na última segunda-feira (21), foi publicado um artigo na revista científica Nature trazendo a técnica de edição gênica “prime editing“, que permite aos pesquisadores um maior controle sobre as modificações no DNA. Esta característica pode tornar possível seu uso na terapia gênica, tratamento que se baseia na modificação do DNA do paciente para correção de genes defeituosos, levando à cura de doenças. Estima-se que esta novidade científica possa contribuir no tratamento de até 90% das 75 mil variantes de DNA associadas a doenças, conforme banco de dados ClinVar.
A técnica CRISPR-Cas9, popularmente utilizada para modificação genética pela comunidade científica, baseia-se na atividade nuclease da enzima Cas9 que corta as duas fitas de DNA, e utiliza a maquinaria de reparo de danos da própria célula. No entanto, o sistema de reparo pode inserir ou deletar letras de DNA, causando efeitos inesperados.
A nova tecnologia “prime editing” utiliza uma versão enzima Cas9 que além de reconhecer sequências específicas de DNA, corta apenas corta uma das fitas da dupla-hélice. Dessa forma, a edição ocorre no local do corte através da ação de uma enzima transcriptase e uma fita de RNA guia (pegRNA).
Para ler mais sobre a nova técnica, acesse o site da Nature ou o artigo na íntegra.