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Retorno, após ter passado uma semana em São Carlos (SP) no IV Encontro Nacional de Estudantes de Biotecnologia, com a sensação de orgulho e gratidão. Orgulho por presenciar o encontro de mais de 350 estudantes de biotecnologia, vindos dos mais diversos estados para construir laços que estruturam a nossa luta por regulamentação. Gratidão por poder fazer parte dessa classe que demonstra cada vez mais que veio para ficar e mudar a história deste país. Um encontro de estudantes, para estudantes. Sem mais delongas, apresento um pouco das discussões mais relevantes do Núcleo’18.
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Crédito pela foto: Augusto Penteriche
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Após um período inicial de credenciamento, com direito a diversos brindes, tivemos uma divertida cerimônia de abertura. Música ao vivo, descontração com a plateia e ótimos apresentadores conseguiram realizar o que foi proposto: fazer todos se sentirem em casa.
Com isso, deu-se início a primeira palestra, onde a presidente da Liga Nacional dos Acadêmicos em Biotecnologia (LiNABiotec), Gabriella Bruno, apresentou para todos o que a liga tem feito pela classe biotecnologista, a trajetória do projeto de lei 3747/2015 – que regulamenta a profissão do biotecnologista – e as ideias futuras para tocar o projeto adiante. No final, ainda houve um jogo interativo sobre o que foi discutido, contando com a participação de mais de 150 pessoas da plateia e prêmios para os melhores colocados. Tudo isso, é claro, com muito bom humor.
Mesa redonda: Bioética
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Ao final da abertura, participamos de uma rápida palestra sobre bioética, apresentada pelas Dr.ª Mônica Hussni Messetti e Dr.ª Patrícia Borba Marchetto, seguidas pela apresentação de 2 casos verídicos envolvendo o tema – casos, é claro, polêmicos. A plateia ficou responsável por opinar sobre o que faria naquela situação, e os que mais se aproximaram da decisão jurídica real ganharam um livro de bioética como prêmio. Ainda assim, todas as respostas foram de alto nível, instigando todos a pensarem a respeito.
Transgênicos e CTNBio
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Nossa sexta-feira (27/07) se iniciou com uma palestra feita pela Dr.ª Sandra Regina Antonini, membro suplente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). De maneira simples e didática, ela nos explicou todo o processo que um OGM deve passar para ser regulamentado no Brasil. Além disso, contou como funciona a CTNBio e por quem é composta, deixando um espaço no final para os ouvintes tirarem suas dúvidas à respeito do tema.
Bactérias Multirresistentes
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Ministrada pelo especialista em controle de infecções Christian Emmanuel da Silva Pelaes, a palestra sobre bactérias multirresistentes abordou temas de importância mundial. Com exemplos reais do seu cotidiano hospitalar, ele nos contou como as super resistências têm se tornado um problema alarmante para os hospitais no mundo todo, demonstrando através de dados o crescente número de casos e a ausência de novos medicamentos no mercado. Fez ainda um apelo para que nós, biotecnologistas, abracemos esta causa e trabalhemos em conjunto com profissionais da saúde para desenvolver métodos inovadores para o combate de micro-organismos multirresistentes.
Discussão do Código de Ética
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Junto com os brindes recebidos no primeiro dia, todos receberam um livreto com o código de ética do profissional em biotecnologia proposto em eventos anteriores. Entre os seus 110 artigos, escritos com embasamento jurídico, o livreto traz os princípios éticos, direitos, responsabilidades, deveres e proibições que o profissional de biotecnologia deveria ter. Ainda que não tenha validade legal, entende-se que este é um passo necessário para a profissão e foi visado com o intuito de poupar tempo para um futuro conselho profissional. O espaço era aberto para os participantes sugerirem modificações e tirarem suas dúvidas referente a cada uma das seções do código, as quais foram apresentadas por membros da LiNABiotec.
Mesa redonda: Diretriz Curricular Nacional (DCN)
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Após uma reunião prévia dos coordenadores dos cursos de biotecnologia de várias universidades, além de outros presentes por vídeo-chamada, pudemos participar de uma mesa redonda para debater uma proposta de Diretriz Curricular Nacional (DCN) para a graduação em biotecnologia. Pensada com a ajuda da pedagoga Me. Alessandra Maria Sudan, foi apresentada uma diretriz com cerca de 3200 horas, divididas em 4 anos, com matérias abrangendo todas as grandes áreas da biotecnologia. A novidade deste ano foi a inclusão de disciplinas de imunologia como currículo obrigatório, as quais haviam sido deixadas de lado em propostas anteriores.
Ainda que todos, aparentemente, tenham concordado com as disciplinas propostas, o que gerou um grande debate foi a duração do curso. Os alunos, em geral, demonstraram sua ávida demanda por um curso mais longo, de 5 anos. Em meio ao surgimento de debates sobre a saúde mental dos jovens e aplausos em concordância com este tema, a discussão ficou bem intensa e acabou tendo que ser encerrada por falta de tempo, mas serviu para salientar muitas das necessidades dos graduandos dessa área, as quais parecem ser semelhantes por todo o Brasil.
Maratonas de Empreendedorismo e Biologia Sintética
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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O evento ainda contou com duas maratonas, onde os inscritos eram sorteados em grupos e desafiados a resolver algum problema utilizando a biotecnologia. Após rápidas palestras sobre temas relevantes a cada maratona, os grupos deveriam pensar em uma solução para um problema através de uma proposta de empresa ou de máquina geneticamente engenheirada. Os participantes deveriam montar um canvas para consolidar sua ideia e montar um pitch de 5 minutos para ser apresentado aos jurados. Tudo em constante mentoria de pessoas com experiência na área.
Considerações finais e outras atividades
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Somado a tudo já descrito, o Núcleo’18 contou também com apresentações orais de trabalhos científicos dos congressistas, integração entre Centros Acadêmicos e entre Empresas Juniores, palestras sobre a Monsanto, CRISPR, biotecnologia no espaço, mulheres na ciência – além de visitas técnicas a empresas, 9 minicursos nas mais diferentes áreas, gincana e premiações. Foram tantas atividades que não cabe descrever todas nesta curta cobertura.
Graças a uma comissão com cerca de 50 estudantes que viraram noites para garantir um evento como este, eu, como congressista, volto do evento com a certeza que ele foi um sucesso. A LiNABiotec e todos os demais envolvidos mostraram para nós, graduandos e graduados em biotecnologia, que somos fortes, estamos nos unindo e que só assim seremos atuantes para mudar o futuro da nossa profissão.
Gostou da programação? Gostaria de ter participado dos debates? Então já vá se preparando, pois o Núcleo’19 irá acontecer na UFG – Goiânia e promete ser ainda melhor!
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Crédito pela foto: Henrique Matheus
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Revisado por Luana Lobo e Mariana Pereira
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Valeu Augusto pelo elogio dos “ótimo apresentadores” haha. Ficamos muito grato de receber todos vocês em São Carlos e de poder realizar um evento de tamanha importância com tanta qualidade. Esperamos muito ter passado essa energia pra próxima conbit. Que o núcleo seja cada vez melhor e o que a nossa LiNA se mostre cada vez mais forte e atuante.