Em estudos anteriores, cientistas descobriram que o vírus Zika pode sobreviver no sêmen por até 6 meses, o que preocupou muito as pessoas expostas à doença – especialmente aquelas que desejam ter filhos. Sabe-se agora que o vírus pode ser transmitido sexualmente até 41 dias após a infecção.
Em uma nova meta-análise, descobriu-se que outros 26 vírus também podem viver no sêmen humano e continuar a infectar a corrente sanguínea. Isso inclui os vírus que causam ebola, HIV, hepatite B e herpes.
Após revisão de mais de 3.800 publicações científicas, os autores também encontraram evidências de que, pelo menos, 11 vírus podem viver nos testículos, incluindo aqueles que causam gripe, dengue e síndrome respiratória aguda grave. Esses vírus também podem ser encontrados no sêmen, dizem os autores.
Embora nem todos os 27 vírus sejam transmitidos de uma pessoa para outra, eles podem trazer outras graves consequências, como reduzir a fertilidade ou aumentar o risco de adquirir uma doença sexualmente transmissível. Alguns desses vírus podem até causar mutações no DNA espermal, podendo passar as mutações induzidas por vírus para suas futuras gerações.
As descobertas, publicadas na semana passada na revista Emerging Infectious Diseases, sugerem que mais vírus podem viver em sêmen do que se pensava anteriormente. Mas os autores alertam que são necessárias mais pesquisas para entender como e se os vírus podem ser transmitidos sexualmente e exatamente quais vírus permanecem viáveis no sêmen, por quanto tempo e em que concentrações.
Saiba mais através da notícia da Science Magazine.
