Nos últimos dias, o Governo Federal anunciou um investimento de R$ 1 bilhão (verba que faz parte do Programa de Aceleração de Crescimento -PAC), para a construção do Orion, o laboratório brasileiro de biossegurança máxima (nível NB4). O Orion será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado em Campinas (São Paulo).
O alto investimento se justifica uma vez que o Orion terá uma característica única entre os laboratórios de todo o mundo, pois sua estrutura será conectada a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. O nome do laboratório, Orion, foi escolhido justamente em homenagem à constelação voltada para a estrela Sirius. Além disso, o laboratório de biossegurança máxima possibilitará a realização de pesquisas com agentes altamente patogênicos/ transmissíveis, em uma estrutura que ainda não existe na América Latina. Essa estrutura será útil para o monitoramento, isolamento e pesquisas desses patógenos, contribuindo para o desenvolvimento de novos diagnósticos, vacinas e tratamentos. Dentre os vírus que poderão ser manipulados no Orion estão o Junín (febre hemorrágica argentina), o Guanarito (febre hemorrágica venezuelana) e o Machupo ( febre hemorrágica boliviana).
O projeto para a criação do Orion também permitirá a capacitação de cientistas brasileiros para manipulação dos agentes patogênicos, além de reunir laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e avançadas como microscopias eletrônicas e criomicroscopia.
A previsão é que o Orion seja finalizado em 2026 quando o laboratório deve receber as certificações internacionais de segurança.
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Fonte da imagem: CNPEM