Pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, aprimora o conhecimento sobre a variabilidade genética da galinha. O estudo demonstra a associação entre as CNVs, sequências de DNA que podem ocorrer duplicadas ou deletadas, com características do músculo do peito, a parte mais importante da carcaça em frangos de corte. O entendimento da relação entre CNVs e o desenvolvimento do músculo pode auxiliar no futuro o melhoramento genético das aves.
Segundo a pesquisadora Thaís Fernanda Godoy, autora do trabalho, as CNVs podem ser uma das responsáveis, em diversas espécies, pela variedade de suas características fisiológicas (variação fenotípica). “Em humanos, CNVs vêm sendo significativamente relacionadas a diversos tipos de câncer, doença de Crohn, autismo, esquizofrenia, diabete e obesidade”, conta.
“Estudos realizados em frangos, além de identificarem estas variantes, também associaram a algumas características, tais como fenótipo da crista de ervilha, hiperpigmentação dérmica (coloração preta da pele), plumagem marrom-escuro e atraso no desenvolvimento de penas”, relata Thaís. “Também há associação com a doença de Marek, que tem uma grande importância econômica na avicultura industrial.”
Levando em consideração a importância dessa variante no DNA e como ela pode alterar o fenótipo de diferentes espécies, o objetivo do trabalho foi identificar CNVs no genoma da galinha. Além disto, a pesquisa buscou caracterizar se foram variações herdadas ou novas, e associar estatisticamente as CNVs herdadas às características de músculos de peito, por ser um fenótipo muito importante na produção de frango de corte.
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