Durante o seu doutorado em 2012, a pesquisadora Fabíola Cruz da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) avaliou o potencial inseticida do líquido extraído do sisal sobre Aedes aegypti. Tal ideia surgiu a partir de observações feitas por pequenos agricultores sobre a utilização do líquido para eliminar carrapatos de bois.
A Agave sisalana, conhecida como sisal, é uma planta oriunda da América Central e amplamente produzida nos estados da Bahia e da Paraíba. Conforme Louise Helena Guimarães de Oliveira, biotecnologista e mestranda no laboratório da professora Fabiana, “o sisal é utilizado principalmente para confecção de cordas e gessos, mas apenas 5% da planta é a fibra – material utilizado na indústria – e os outros 95% são despejados. Portanto, a utilização desse líquido seria de grande proveito para a população e de custo baixíssimo. A Agave sisalana já mostrou atividade inseticidas em todas as fases do Aedes aegypti, do ovo até o mosquito adulto, o que é muito importante na produção de um inseticida”.
A pesquisa está agora na fase de entender a forma mais segura e eficiente para utilizar o líquido do sisal, com previsão de 2 anos.
Mais informações podem ser obtidas aqui.
Imagem destacada: reprodução Portal Correio.