No fim do mês de julho foi criada a Rede Nacional de Pesquisa em Biotecnologia Marinha (BiotecMar) para impusionar as pesquisas relacionadas a biodiversidade marinha brasileira, com potencial para servir de ponto de partida para o desenvolvimento de novas tecnologias.
A rede busca conhecer a biodiversidade marinha brasileira, descobrir novas espécies, mapear novos genes e conhecer melhor a interação entre os microrganismos e macrorganismos. Por exemplo, foi apenas em 2016 que pesquisadores brasileiros descobriram um recife na foz do rio Amazonas com 56 mil quilômetros quadrados, o Grande Recife Amazônico, onde residem organismos com alto potencial biotecnológico. Por exemplo, esponjas presentes nos recifes, por serem organismos carbonatados que podem ser fontes de nutrientes para fertilizantes do solo, medicamentos contra doenças infecciosas, o câncer ou até mesmo a produção de heparinas, entre muitas outras aplicações possíveis.
Esses organismos (macro e micro) presentes na biodiversidade marinha são um banco de material genético (germoplasma e DNA metagenômico) ainda não estudado que podem levar os cientistas a descobrirem genes que codificam para moléculas bioativas que possam ser usadas na indústria.
Além de buscar moléculas e organismos com pontencial biotecnológico, a Rede BiotecMar também busca entender processos importantes como o branqueamento de corais e como esses animais produzem toxinas. A Rede BiotecMar irá desenvolver pesquisa inovadora nas áreas de biodiversidade, prospecção, genômica, pós-genômica e transferência para o setor produtivo.
Articulada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a BiotecMar conta com mais de 120 pesquisadores de todo o país.
Conheça mais sobre a Rede BiotecMar na reportagem original veiculada pela Agência FAPESP.