Médicos do Great Ormond Street Hospital for Children ( Londres) anunciaram que uma paciente diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda T apresentou remissão da doença após ser submetida a terapia CART. A terapia CART baseia-se na modificação genética dos linfócitos T , que recebem um receptor de antígeno quimérico (CAR), o que origina o nome da terapia: CART. Essas modificações permitem que as células tumorais sejam identificadas e eliminadas.
A paciente Alyssa, de 13 anos, já havia sido submetida a quimioterapia e ao transplante de medula óssea, sem o sucesso esperado. Sua única alternativa seriam os cuidados paliativos (práticas de assistência a um paciente incurável). Contudo, em maio deste ano ela participou de um estudo clínico com células CART, e recebeu células T geneticamente modificadas de um voluntário saudável.
Após 28 dias, a doença de Alyssa entrou em remissão completa, permitindo que ela fosse submetida a outro transplante de medula. Seis meses depois, Alyssa recebeu alta do hospital. Segundo o pesquisador Waseem Qasim, a paciente recebeu células editadas a partir de uma nova tecnologia, projetada e desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da University College London. O estudo clínico continua aberto para pacientes com leucemia que tenham esgotado todas as possibilidades de tratamento.
Os resultados animadores desse estudo foram apresentados na reunião anual da Sociedade Americana de Hematologia, nos EUA.
