Cientistas da Universidade do Texas (EUA) desenvolveram uma enzima capaz de decompor o plástico, possibilitando uma reciclagem enzimática. Foi utilizada a tecnologia de machine learning para projetar uma enzima ( chamada de FAST-PETase) com capacidade de hidrolisar o poli(tereftalato de etileno), popularmente conhecido como PET. A enzima projetada apresentou atividade hidrolítica superior às outras enzimas já conhecidas, além de adaptação a diferentes faixas de pH e temperatura.
De acordo com os cientistas, a enzima FAST-PETase é capaz de degradar o PET, fragmentando-o em seus monômeros originais, em uma semana! Essa seria uma forma mais vantajosa de reciclar o PET, pois permitiria a obtenção de um “plástico novo”. Além disso, as técnicas de reciclagem atuais induzem a perda das propriedades do plástico, o que não ocorre após o uso da enzima FAST-PETase.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature, e agora os cientistas esperam aplicar essa tecnologia em escala industrial, o que poderia trazer inúmeros benefícios para a sociedade e o meio ambiente. Atualmente o mundo produz cerca de 460 milhões de toneladas de plástico, mas só consegue reciclar menos de 10% disso. A utilização da FAST-PETase pode ser a solução para salvar o planeta deste cenário de poluição ocasionado pelo consumo excessivo de plásticos.
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