É comum encontrar a Biotecnologia, ou algumas de suas áreas, no elenco de listas como “As X profissões do futuro”. Portanto, a biotec sempre parece estar no futuro, não é mesmo? O potencial de elaboração de tecnologias inovadoras aparenta ser mais abstrato do que realmente é. No entanto, a Biotecnologia é algo muito concreto e que permeia o cotidiano. Seguir trazendo mais inovações e fazer-se um profissional presente, e não só do futuro, é uma tarefa do biotecnologista em atuação.
Como o termo Biotecnologia é abrangente, e a sua definição como uma área de atuação são conceitos relativamente recentes, ela pode aparecer de forma direta ou nas entrelinhas das listas de profissões do futuro.
Nesta importante análise realizada pelo FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), em 2012, foram consultadas 402 indústrias brasileiras. O resultado foi a citação da biotecnologia, ao lado de profissões da área de engenharias, informática e automação.
A Exame também fez um apanhado das 20 profissões do (e com) futuro. Lá está citada não só a Biotecnologia, em si, mas também a Bioinformática. Quando em conjunto, são duas pedras fundamentais para a construção de estudos sólidos, que trazem resultados benéficos para diversas áreas. Já falamos sobre bioinformática no blog, vale rever aqui.
“Indispensável” também foi um adjetivo conferido a uma importante área da biotec. A Infomoney listou 7 profissões indispensáveis no futuro, sendo a de Especialista em Energia Alternativa uma delas. Esse é um segmento bastante interdisciplinar, mas que também conta com biotecnologistas para desenvolver inovações como combustíveis renováveis (falado neste texto do blog) e novas formas de geração de energia.
Que tal, então, uma visão ainda mais futurista? A Galileu listou algumas carreiras do futuro, também dentro de biotecnologia, como: Nanomédico, Bioinformacionista e Biomodelagem de tecidos e órgãos. Mas ao contrário de outras carreiras citadas, como Guia turístico do espaço, todas as áreas biotecnológicas enumeradas já são realidade nos laboratórios e também fora deles. Citando o nanomédico, que se refere a um campo da biotecnologia explorado há bastante tempo: o estudo de formas e materiais mais eficientes para o transporte de fármacos até o local-alvo no corpo e o desenvolvimento de biomateriais para a estimular a regeneração de tecidos, por exemplo. Isso significa que, no final das contas, não é algo tão futurista assim. O biotecnologista está mais presente do que se imagina.
Mas e o agora?
A biotecnologia deve ser entendida como uma profissão do presente, não apenas do futuro. Principalmente, deve fazer-se presente frente às empresas e à sociedade.
Empresas interessadas em agregar inovação e, naturalmente, crescimento encontram no biotecnologista o profissional que abrange as áreas certas para atuar. Esse profissional tem os pés no presente, é dotado da memória e do conhecimento construídos no passado e tem os seus olhos no que pode contribuir para o futuro.
Uma fração da sociedade, por sua vez, pode não saber precisamente do que se trata o biotecnologista, mas desfruta diariamente dos benefícios conferidos por profissionais da área. Pão, bebidas fermentadas, vacinas… são apenas alguns exemplos. O biotecnologista do presente trabalha para trazer à sociedade ainda mais melhorias.
Disso nós temos certeza: o futuro é, sim, da biotecnologia. Mas esse futuro já está sendo construído e só será possível após colocarmos um a um os tijolos das descobertas e tecnologias do presente. Cura para doenças, alívio na poluição do meio ambiente, alimentos modificados mais nutritivos, entre diversas outras possibilidades que ainda estão dentro da cabeça desses profissionais, prestes a virar tema de uma nova pesquisa e, no futuro, inovar para proporcionar o que há de melhor a todos. Tudo isso já está à sua disposição.
